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O que é estudo ativo? Saiba como usar antes do vestibular 

O simples ato de resumir o que se aprende é uma forma de colocar o estudo ativo em prática. (Fonte: Reprodução/Getty Images)

Seja para um vestibular ou mesmo ao fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), várias são as formas de se preparar para fazer uma boa prova. E pensar nessa preparação é o que pode fazer toda a diferença nos resultados que se espera alcançar. 

É aqui que uma das técnicas de estudo pode brilhar: o estudo ativo, abordagem que pode ajudar estudantes a aumentar ainda mais o seu aprendizado. E, quem sabe, as chances de sucesso nas provas. 

Como o próprio nome sugere, o estudo ativo demanda um envolvimento maior com o conteúdo. Em contrapartida, a pessoa pode ter uma melhor compreensão e retenção das informações. 

Nas próximas linhas, entenda o que é estudo ativo, suas características e benefícios, além de dicas de como aplicá-lo ao se preparar para o vestibular. 

Boa leitura! 

O que é estudo ativo? Conheça suas características e benefícios 

Na prática, o grande diferencial e principal característica do estudo ativo é o fato de colocar o estudante como protagonista do seu processo de aprendizagem. O que é bem diferente do estudo passivo, que ocorre basicamente a partir do processo de leitura e de memorização. 

Diferença entre estudo ativo e estudo passivo 

No estudo passivo, o estudante assume uma postura receptiva. Ao ler ou assistir a uma aula, por exemplo, a pessoa apenas absorve informações sem interagir com elas.  

E qual é o problema nisso? É que a compreensão tende a ser superficial e, consequentemente, a retenção das informações será de curto prazo. Ou seja, em algum momento, elas serão esquecidas. 

Mas, vale destacar que técnicas passivas também são importantes, como é o caso da leitura dinâmica. Ao ler, ao invés de somente memorizar, aumentam-se as atividades cerebrais e o impacto neural direto, sobretudo ao fazê-lo em voz alta e associar letras e seus respectivos sons. Foi a conclusão de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos. 

No entanto, incluir uma tarefa a mais nesse processo de retenção de conteúdo pode ser ainda mais interessante. É o que ocorre no estudo ativo, quando a pessoa se envolve com o conteúdo. Assim, há uma aprendizagem mais profunda de certa forma e, na mesma medida, que pode durar mais.  

O estudo ativo estimula os seguintes fatores: 

Ou seja, a partir dessa técnica, o estudante tem mais chances de estar preparado para desafios, como é o caso do vestibular e do Enem

A serious young male college student sits in his school library and looks down in concentration as he writes on a note pad. There is a laptop on the table.

Principais características do estudo ativo 

“Recordar é viver”, então, vamos relembrar a primeira característica do estudo ativo que é o envolvimento do estudante no processo de aprendizado. Dessa forma, para compreender de fato, quem estuda precisa ser um participante ativo na construção do conhecimento.  

Logo, ao estudar de forma ativa, mais do que ler ou assistir e/ou ouvir uma aula, o aluno precisa questionar, refletir e buscar conexões entre as ideias que lhe são apresentadas. 

E como isso pode ser feito na prática? É aí que entra em cena uma segunda característica fundamental do estudo ativo: o uso de técnicas que estimulam a reflexão, a análise e a aplicação do conhecimento

Nesse contexto, podemos citar como recursos o processo de agir resolvendo problemas, a discussão com colegas, a criação de exemplos. Enfim, tudo o que envolve a aplicação prática dos conteúdos estudados

Para ajudar ainda mais, é preciso, portanto, maior interatividade e engajamento com o material de estudo. Isso pode acontecer ao criar resumos com as próprias palavras ou ao explicar os conceitos aprendidos para outras pessoas. 

Por que usar o estudo ativo? 

A primeira grande vantagem diz respeito à melhora da retenção e compreensão de informações. Ao precisar relembrar ou aprender uma grande quantidade de dados — como geralmente acontece ao estudar para o vestibular — é essencial que haja foco, o que geralmente acontece ao adotar o estudo ativo. 

Por não se limitar à memorização pura e simples dos fatos, estudar ativamente estimula o pensamento crítico e a capacidade de análise. O que vem a calhar no caso dos vestibulares e Enem, provas nas quais caem questões interdisciplinares e, por tabela, mais complexas. 

Um outro valor agregado nesse processo de aprendizagem é o fato de ser mais interativo, ampliando a motivação. Assim, os estudantes, sem que se deem conta, passam a se interessar pelo que aprendem, tornando o estudo menos monótono. 

Aplicando o estudo ativo antes do vestibular 

Provavelmente você deve estar se perguntando: “ok, entendi o que é estudo ativo, mas como colocar isso em prática?”. Então, sem mais delongas, entenda como adotar essa estratégia: 

Crie cartões com perguntas e respostas 

Você pode fazer suas próprias questões sobre o conteúdo e, consequentemente, respondê-las. No entanto, vá além do “feijão com arroz” e nada de criar perguntas fáceis!  

Capriche na criatividade e pense naquelas que vão exigir boas doses de reflexão. Assim, você não corre o risco de cair no “canto da sereia” da memorização. 

Outro ponto positivo nessa prática é que, ao tentar desenvolver as próprias perguntas, você entenderá aquelas que vão demandar maior atenção e aprofundamento da sua parte para resolver o que for proposto no vestibular. 

Use mapas mentais 

Os mapas mentais também podem ser considerados meios dinâmicos de colocar o estudo ativo em prática. Para tanto, basta organizar visualmente as informações e fazer a conexão dos conceitos que podem ser relacionados entre si. 

Outra dica bacana para deixar seu mapa mental ainda mais eficiente é usar cores, símbolos e imagens diferentes. Aqui, sim, a memorização é uma técnica passiva que se torna aliada do processo. 

Ensine alguém sobre o que você estuda 

Pode parecer estranho, mas explicar o que você está aprendendo a uma outra pessoa também ajuda a reter o conteúdo. Vale parente, amigos ou até o seu cachorro ou gato de estimação! 

Ao verbalizar o que você aprende, simplifique as informações que pode supor que sejam de difícil compreensão para seu interlocutor. Fazendo isso, você também consolida o seu próprio entendimento. 

E, caso esteja conversando com alguém, nada mais natural do que ocorrer perguntas no contexto. Então, prepare-se para respondê-las: isso vai ajudar você a aprofundar o tema. 

Faça resumos e fichamentos 

Já citamos antes a prática dos resumos, porém outra que também pode ser aproveitada aqui é a dos fichamentos.  

Diferente de resumir que, basicamente, é o ato de sintetizar uma informação, ao fazer um fichamento você adiciona com as próprias palavras outros elementos importantes para registrar o que é aprendido. 

No caso dos resumos, faça-os de forma concisa. E tanto eles quanto os fichamentos devem ser revisados periodicamente, dando maior enfoque nos conceitos principais. Nesse processo revisional vale, inclusive, adicionar novos dados, caso surjam. 

Faça simulados e exercícios 

Ao fazer provas anteriores e simulados você também coloca o estudo ativo em ação. Além de testar seu conhecimento, põe em prática o que vem sendo revisitado ou aprendido do zero.  

E provavelmente nesse processo você vai errar. Mas, aprender com as falhas é igualmente importante. Avalie o que o induziu ao erro para melhorar seu desempenho. Se possível, vá além e tente compreender qual foi o raciocínio aplicado na resposta correta.  

Outra medida útil é identificar se existem padrões nas perguntas. Tudo isso vai ajudar você, especialmente se for de uma prova de um vestibular que pretende fazer. Assim, você se familiariza com o que é aplicado e tem mais chances de êxito. 

Explicar o que se aprendeu para outra pessoa também é uma estratégia usada no estudo ativo. (Fonte: Reprodução/Getty Images) 

Participe de grupos de estudo 

Pode parecer que não, porém, ao participar de grupos de estudo, você discute conceitos com colegas. Além disso, podem explicar entre si os tópicos difíceis e ter acesso a diferentes perspectivas.  

Essa interação social torna o processo de estudo mais motivador, exigindo maior atenção e, portanto, foco. 

Estabeleça metas 

Ao entender a importância do ensino superior e, na sequência, escolher o curso e instituição desejada, você está fazendo nada mais, nada menos do que estabelecer metas.  

Desenvolver objetivos específicos, não só macro como micro de cada sessão de estudo, auxilia a gestão de expectativas e do tempo como um todo. O que ajuda a organizar o plano de estudos

Assim, elaborar as próprias metas serve para dar uma direção ao ato de estudar, medir seu progresso e se autoavaliar. 

Estudo ativo pode ser complexo no início 

Para quem não é acostumado com o estudo ativo, fazer essa técnica ou um conjunto delas funcionar pode ser complicado no início. Mas, com persistência, você melhora sua experiência de aprendizagem e se prepara para o vestibular.  

Mesmo com maior esforço, colocar o estudo ativo vale a pena porque os resultados tendem a ser ainda mais eficientes. Todavia, não é uma abordagem padrão. Cada pessoa pode e deve experimentar diferentes técnicas e adaptá-las ao seu estilo. E, sempre que for necessário, ajuste a rota ao longo do processo. 

De qualquer forma, lembre-se de considerar pausas no seu plano de estudos. Descansar também contribui para reter conhecimento. 

O fato é que são valiosas as habilidades desenvolvidas por meio dessa abordagem — pensamento crítico, autorreflexão e aprendizagem independente. E não só para se preparar para o vestibular: elas são fundamentais tanto na vida acadêmica quanto na profissional, depois de se formar. 

No fim das contas, apostar no estudo ativo é desenvolver o hábito de colocar em prática o aprendizado contínuo, também chamado de lifelong learning. Ainda: é um modo de assumir o controle de seu próprio aprendizado.  

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