Os estudantes que desejam ingressar em uma universidade sem a necessidade de realizar um vestibular encontram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) uma oportunidade. Para garantir uma boa nota, além de ir bem nas provas objetivas, é preciso produzir uma redação adequada.
Essa etapa de avaliação é feita a partir de cinco competências que, juntas, formam a matriz de referência. Cada uma delas considera um aspecto específico do texto redigido, com o objetivo de tornar a correção padronizada entre todos os examinados.
As cinco competências da redação do Enem são:
Cada um desses itens vale até 200 pontos no cálculo da nota. A redação é elaborada no primeiro dia do teste, quando também são aplicadas as provas de Linguagens; Códigos e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Um bom desempenho nessa etapa é fundamental para que o resultado seja satisfatório, tornando possível que o estudante concorra a uma vaga nas inúmeras instituições que utilizam a nota da prova como substituta do vestibular.
É importante estar atento às competências, pois zerar a nota da redação do Enem impossibilita participar de programas do governo, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade Para Todos (ProUni), que exigem uma nota mínima para inscrição.
Cada uma das competências apresenta seis níveis de desempenho, que conferem de 0 ponto até 200 pontos, conforme o candidato atinge determinados requisitos para a pontuação.
O avaliador é responsável por identificar em que nível de desempenho o redator se encontra, mediante a adequação às exigências do Enem. Confira a seguir o que é exigido para atingir a nota máxima.
Nessa competência, o avaliador confere se a redação se adéqua a regras de ortografia, regências verbal e nominal, concordâncias verbal e nominal, pontuação, paralelismo e emprego correto de pronomes.
Para obter 200 pontos, o examinado não pode cometer mais do que dois desvios gramaticais dentro de uma estrutura sintática excelente. No estudo, faça exercícios gramaticais, revise o conteúdo com frequência, estude sintaxe e leia bastante.
O tema é o núcleo em que a redação deve ser estruturada. Na competência, os avaliadores verificam as habilidades de compreensão da proposta, bem como a capacidade de relacioná-la com diversos conceitos de diferentes áreas do conhecimento e de expor argumentos.
É importante estudar interpretação de texto, ter noções de filosofia, sociologia e história, ler notícias diariamente e ter condições de inserir repertório sociocultural na redação do Enem.
Nesse tópico, é cobrado que o candidato esteja apto a apresentar com clareza uma ideia, bem como argumentos que a justifiquem, tendo como parâmetro a proposta da redação. É importante montar um esboço, determinar qual tese defenderá e quais argumentos usará em cada parágrafo e, por fim, não se esquecer da conclusão.
Nos estudos, desenvolva a prática de sempre explicar as afirmações que fizer para evitar falhas de desenvolvimento, e exercite o planejamento de seu texto.
A quarta competência avalia a estrutura lógica e formal entre as partes da redação. Isso significa que as frases e os parágrafos redigidos precisam estabelecer uma ligação entre si, de modo a demonstrar a coerência textual e a interdependência entre as ideias.
Você deve se atentar a recursos coesivos como conjunções, pronomes e locuções adverbiais, por exemplo, e usar adequadamente os conectivos (palavras ou expressões que interligam orações, períodos, frases e parágrafos).
A última das cinco competências da redação do Enem exige que o estudante crie uma proposta de intervenção para o problema abordado, sem deixar de respeitar os direitos humanos nesse processo.
A proposta não precisa sugerir uma solução, mas deve oferecer iniciativas que enfrentem o problema relatado no tema. Essa ação deve ser abordada na conclusão do texto, apresentando uma ação (o que fazer), um agente (quem fará), como será feito (o modo de ação), o efeito disso (qual é o objetivo) e um detalhamento (forma de implementação).
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Fonte: Ministério da Educação.