O surgimento de uma pandemia, com uma doença infecciosa que ameaça o mundo todo ao mesmo tempo, não é uma novidade na história. Felizmente, a ciência é capaz de interromper os ciclos de transmissão, por isso cientistas estão sempre tentando prever esse tipo de ocorrência para minimizar ou até anular os danos que podem ser causados. Mesmo depois da disseminação de uma patologia, especialistas são capazes de encontrar soluções para o tratamento e a imunização para controlar e até acabar com ela.
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Vírus de animais foram responsáveis por algumas das pandemias mais devastadoras do mundo. A gripe espanhola, que matou aproximadamente 50 milhões de pessoas no início do século XX, foi rastreada até chegar a pássaros. A peste bubônica, também conhecida como peste negra, teve origem em ratos. O HIV, que provocou a pandemia de Aids na década de 1980, foi transmitido por macacos. E o vírus que provocou o surto de ebola veio de morcegos.
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Para descobrir vírus em animais que podem gerar doenças em humanos, um grupo de cientistas se reúne há mais de 45 anos na ONG EcoHealth Alliance. A organização acredita que, se os locais de transmissão dos vírus para pessoas forem identificados, os comportamentos de risco podem ser evitados. Mas esse não foi o primeiro esforço nesse sentido.
Pesquisas financiadas pela Fundação Rockefeller encontraram o vírus Zika em Uganda em 1947. Lá, a doença nunca se espalhou por causa da preservação das matas e da genética do Aedes aegypti, diferentemente da América Latina. Uma pandemia de Zika será evitada enquanto os insetos não migrarem para outras regiões do globo.
Os protocolos científicos já conseguiram controlar outras possíveis pandemias desencadeadas no início dos anos 2000. Isolamento social, quarentena e barreiras sanitárias foram estratégias utilizadas pelos governos e tiveram sucesso em duas pandemias causadas por coronavírus.
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O vírus foi protagonista da primeira ocorrência do século, chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), disseminada a partir de 2002. A doença atingiu 8 mil pessoas em 26 países e matou mais de 800. Na época, a Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou uma rede mundial de cientistas para compartilhar informações sobre a pandemia e definiu as principais diretrizes para combater esse tipo de doença.
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O mundo também enfrentou a gripe suína, causada pelo vírus H1N1, em 2009. Segundo a OMS, a doença infectou 370 mil pessoas e matou 16 mil, mas foi contida com uma campanha de vacinação massiva contra a influenza, mantida anualmente até hoje.
Em 2012, o coronavírus voltou a se disseminar e provocou a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), que alcançou 27 países, infectando 2,7 mil pessoas e causando 800 mortes. Apesar das duas ocorrências anteriores, ainda não foi possível desenvolver uma vacina contra o coronavírus, pois ele está em constante mutação.
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A OMS orienta que medidas de isolamento social, higienização das mãos e cuidado de cobrir, com o cotovelo flexionado ou com um lenço descartável, a boca ao tossir e espirrar continuam sendo a melhor forma de evitar a propagação do novo coronavírus.
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Cientistas do mundo todo têm se dedicado a pesquisas em busca de tratamentos e vacinas contra a covid-19. Quatro delas já estão aprovadas no Brasil, mas ainda há dezenas de novas fórmulas sendo testadas aqui e em outros países. Com o avanço da vacinação, os primeiros resultados são perceptíveis: o número de mortes e infecções vem caindo substancialmente. Vitória de quem se dedica à ciência buscando salvar vidas.
Fonte: UFMG, BBC e Nexo Jornal.
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