Etarismo é um termo que designa a discriminação em relação à idade avançada das pessoas e está diretamente relacionado a questionamentos a respeito da capacidade de tomar decisões, exercer determinadas profissões e realizar tarefas cotidianas.
Estudiosos do tema também se referem a ele como idadismo e ageísmo. Ainda que atinja alguns perfis mais do que outros, os dados de um relatório elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que uma a cada duas pessoas no mundo já sofreu situações preconceituosas desse tipo.
A quem o etarismo afeta?
Recentemente, viralizou a publicação em que um homem de 45 anos de idade foi preterido a uma oportunidade de trabalho por ter sido considerado muito velho. Apesar disso, os dados sobre etarismo sugerem que as mulheres são as mais afetadas por esse tipo de discriminação.
Algumas atrizes e jornalistas já relataram em entrevista como perdem oportunidades profissionais quando assumem cabelos brancos ou quando as rugas ficam mais evidentes no rosto. Todavia, qualquer pessoa de mais idade que não se identifica com determinados padrões sociais e de beleza podem sofrer com o idadismo.
Não à toa, dados de uma pesquisa conduzida pela consultoria Idados mostraram que 880 mil pessoas acima dos 50 anos perderam o emprego na última década. Segundo esse estudo, os sêniores são questionados do potencial de acompanhar as inovações de mercado e também de serem menos flexíveis.
Qual é o impacto do etarismo nos profissionais maduros?
No estudo da OMS, 16,8% dos brasileiros acima de 50 anos disseram já ter se sentido vítima de discriminação relacionada à idade avançada. Entre os diversos problemas que recaem sobre os profissionais maduros, o idadismo afeta a saúde mental.
Esse grupo costuma ser excluído do convívio em sociedade quando perde o emprego ou oportunidades de trabalho, contribuindo para baixa autoestima, além de sensação de desamparo e menos valia.
Especialistas afirmam que casos de depressão em idosos costumam estar relacionados com a questão profissional. Como esses problemas pioram as condições de saúde de maneira geral, esse tipo de preconceito também está associado à morte precoce.
Por fim, os idosos que sofrem por causa do etarismo são mais suscetíveis a doenças crônicas, que levam a mais casos de afastamento no trabalho e, consequentemente, à redução da qualidade de vida.
Como o mercado de trabalho pode absorver profissionais maduros?
A partir de políticas de inclusão e estabelecimento de condições adequadas, as empresas podem criar oportunidades para essa parcela da população. Em especial porque esses profissionais conferem maturidade e segurança aos setores onde atuam e garantem à empresa o compromisso com a responsabilidade social.
O aumento da expectativa de vida do brasileiro faz com que as empresas necessitem oferecer uma atenção especial aos profissionais maduros. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que a fatia de pessoas acima dos 30 anos representa 56,1% da população — um crescimento de 20,4% em uma década.
As empresas podem — e devem — tornar o mercado de trabalho mais atrativo a esses profissionais, já que a sociedade tem compreendido que a capacidade e a experiência dessas pessoas podem ser benéficas.
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Fonte: IstoÉ Dinheiro, ViverBem UOL, Hypeness, IstoÉ, Sólides, Folha de São Paulo