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Causada principalmente por um vírus pertencente à família Picornaviridae, a hepatite é uma doença que provoca inflamação no fígado. Apesar da origem viral, o uso de medicamentos, abuso de álcool e drogas, doenças autoimunes, metabólicas e genéticas também podem causá-la.
Os tipos mais comuns de hepatite são causados pelos vírus A, B e C, além da hepatite alcoólica e da autoimune (que ocorre quando o próprio sistema imunológico “ataca” o fígado). Contudo, ainda existem as doenças causadas pelos vírus do tipo D e E.
A do tipo A é transmitida pelo consumo de água e alimentos contaminados ou por meio de uma pessoa doente. Entre os sintomas, estão febre, icterícia, náusea e vômitos. As do tipo B e C são transmitidas pelo sangue e, no caso da B, por contato sexual (desse modo, os sintomas são similares aos do tipo A, mas podem evoluir para um quadro crônico).
As hepatites dos tipos D e E têm menor prevalência no Brasil e os sintomas são semelhantes aos anteriores, além de ambas poderem evoluir para quadro agudo e crônico. Por essa razão, é recomendado que a população faça exames de sangue periódicos para o diagnóstico precoce e, se necessário, início imediato do tratamento.
Foram identificados em todo o mundo, especialmente na Europa, mais de 429 casos de uma grave inflamação no fígado, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde estava analisando 47 ocorrências suspeitas da doença.
O que se sabe a respeito da enfermidade é que, entre os sintomas, podemos citar as enzimas hepáticas muito elevadas, icterícia e sintomas gastrointestinais, especialmente em crianças de até 10 anos de idade. Em algumas delas, detectou-se a infecção pelo vírus causador da covid-19 e/ou de um adenovírus chamado de “tipo 41”.
A OMS e as agências de controles de doenças nos países que já detectaram a hepatite misteriosa ressaltaram que não é possível relacionar os vírus presentes com os casos em questão. Também deixaram claro que não têm nenhuma relação com a vacinação contra a covid-19, já que a maioria dos infectados não recebeu nenhuma dose da vacina.
Os dados divulgados pela OMS na última terça-feira (17) mostram que não há motivos para pavor. O número de ocorrências ainda é baixo (429), com somente 6 mortes confirmadas, e o adenovírus que pode estar associado à doença causa sintomas respiratórios, vômitos e diarreia.
Sua transmissão ocorre pelo contato entre pessoas contaminadas, por meio de gotículas de saliva e superfícies, porém é um tipo de infecção que tem duração curta e não costuma evoluir para quadros graves.
Como em qualquer eventual surto de uma doença, recomenda-se esperar a manifestação dos órgãos competentes, de forma a lidar da maneira correta com as informações que já se sabe a respeito.
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Fonte: Bem Estar, Ministério da Saúde, Jota