O metaverso tem dominado as discussões acerca do futuro da tecnologia, dos negócios e até mesmo da educação. Trata-se de uma rede de mundos virtuais focada em conexão social e que tem o objetivo de imitar a realidade. Com o uso da realidade virtual aumentada, existe a possibilidade de imersão em um universo expandido e digital.
Segundo os especialistas e entusiastas do “novo universo”, será por meio dessa tecnologia que a internet vai permitir que as pessoas sigam interagindo umas com as outras. Caso isso se concretize, tudo que compreendemos a respeito das fronteiras entre o mundo digital e o físico será dissolvido.
Quem criou a tecnologia do metaverso?
É complicado falar sobre um único criador, mas é possível partir da origem do termo. O escritor Neal Stephenson, referência contemporânea em ficção científica, foi o primeiro a utilizá-lo em Snow Crash. Publicada originalmente em 1992, a obra é a inspiração para a criação de ambientes e realidades virtuais como o Second Life. Os personagens de Stephenson usavam avatares para entrar em um ambiente digital com o objetivo de fugir da tenebrosa realidade em que viviam.
Nossa relação com a realidade virtual vem sendo gestada desde a década de 1990, de modo particular pela indústria de jogos eletrônicos. A criação de grandes conglomerados de tecnologia, como o Facebook (que alterou o nome da empresa para Meta), dá novas dimensões ao universo online. Os setores envolvidos com pesquisa e desenvolvimento estão trabalhando a todo vapor, dando contornos ao futuro que parece cada vez mais próximo — e o ramo educacional tem acompanhado isso de perto.
Como o metaverso vai impactar os estudos?
O grande ganho que o metaverso pode oferecer aos usuários está ligado à experiência imersiva. O ensino de temas mais complexos ficará mais atraente com a possibilidade de toques e cheiros, por exemplo; sem sair da sala de aula, os estudantes terão à disposição uma infinidade de materiais interativos em uma vivência hiper-realista.
Os custos com cursos que exigem maior infraestrutura poderão ser reduzidos. No estudo da Medicina e de áreas correlatas, os estudantes serão capazes de treinar as técnicas mais complexas com maior riqueza de detalhes. O principal desafio, nesses casos, diz respeito à implementação da tecnologia.
No caso do ensino a distância, a interatividade proporcionada pela realidade virtual conectada à internet poderá ampliar a participação dos alunos, que passarão a ter um tipo de campus virtual. A troca de conhecimentos entre eles também deve incentivar que mais pessoas ingressem nessa modalidade de ensino. As possibilidades parecem infinitas e a apenas uma conexão de distância.
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Fonte: Revista Educação, Pearson, Época Negócios,Bloomberg Línea