A Programação de Computadores é uma das áreas em maior ascensão no mercado de trabalho. Os processos se tornam cada vez mais digitais, sendo necessários profissionais que programem dentro de suas linguagens.
Mas como em tantas outras áreas, as mulheres tiveram que galgar seu espaço também nesse universo. Isso tem sido feito de diversas formas, incluindo redes nas quais mulheres se fortalecem e ensinam umas às outras.
As pioneiras na programação
Se olharmos para a história da tecnologia, veremos que as mulheres estiveram presentes em momentos importantes de seu desenvolvimento. Foram elas que criaram os primeiros algoritmos de computador e a conexão wireless, por exemplo.
Um dos nomes mais lembrados é o da britânica Ada Lovelace, considerada a 1ª mulher programadora. Ela criou o primeiro algoritmo, em 1843 — muito antes de os computadores serem inventados. Já Grace Hopper foi a primeira programadora formada em Yale. Ajudou a criar a linguagem de programação COBOL, usada em bancos de dados comerciais.
Grace ainda inventou o termo bug para designar erros nos sistemas. Para completar, linguagens criadas por ela foram usadas no primeiro computador comercial fabricado nos Estados Unidos. Por essas razões, é estranho notar que, com o tempo, as programadoras foram se tornando uma minoria no mercado de Tecnologia da Informação (TI).
O último Censo brasileiro (2010) mostrou que apenas 22% dos estudantes de Ciências da Computação eram do sexo feminino. Pode-se dizer que elas foram gradativamente excluídas dessa carreira, que passou a ser vista como “mais masculina”. Parte disso é uma ideia errônea de que a área de Exatas não atrai as mulheres.
Além disso, programadoras costumam ser menos propensas a serem promovidas na carreira de TI. Uma pesquisa já mostrou que códigos escritos por elas costumam ser mais bem aceitos quando a autoria não é divulgada.
O movimento das mulheres programadoras
Se, por um lado, os homens ainda dominam a área da Programação; por outro, há várias iniciativas organizadas por mulheres que visam empoderar outras para que possam se desenvolver na tecnologia.
Essas iniciativas promovem cursos, workshops, debates e competições — em suma, buscam estimular que mais programadoras sejam formadas e passem a atuar no mercado. Quer entrar nesse campo? Então confira os projetos inspiradores que podem ajudar no seu objetivo.
- Minas Programam: iniciado em 2015, o projeto visa estimular meninas a aprender a programar, focando especialmente em pessoas negras e indígenas. As criadoras promovem cursos de introdução à programação, oficinas, treinamentos e debates. Tudo é gratuito.
- PrograMaria: projeto criado por designers e jornalistas que tem informações sobre tecnologia, no intuito de incentivar o empoderamento de meninas interessadas na área.
- Laboratória: projeto que fornece cursos de 6 meses para ensinar linguagens de computador, como JavaScript, HTML, CSS, UX e outras. Além disso, promove o contato das alunas com possíveis contratantes.
- Women Up Games: projeto que visa incluir garotas no universo dos games a partir de palestras, eventos corporativos e orientações para desenvolvimento de jogos eletrônicos.
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Fonte: Minas Programam, Programaria, Resilia, Layerup