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A cena de Titanic em que Jack e Rose se despedem no gelado mar do Atlântico está entre as mais icônicas do cinema. Enquanto ela se protege sobre uma tábua que a mantém fora da água, o rapaz fica no mar até que sucumbe à hipotermia e afunda junto ao navio. Um drama digno de 12 estatuetas do Oscar.
Entretanto, a hipotermia tem um aspecto bem menos romântico. Todos os anos, ao chegar o inverno, pessoas mais vulneráveis, como aquelas em situação de rua, sofrem problemas sérios de saúde e até morrem em decorrência do problema.
Mas, afinal, o que é a hipotermia? Quais são os seus sintomas? Por que ela ocorre? Confira mais sobre o tema e entenda por que ele é tão relevante.
A hipotermia ocorre quando a temperatura corporal fica abaixo dos 35 °C. Esse marco é bem abaixo do ideal para as funções metabólicas, que ocorrem com qualidade entre 36 °C e 37,5 °C.
Quando isso acontece, o corpo não tem energia suficiente para gerar calor e cumprir tarefas básicas, como circular o sangue plenamente, dificultando operações químicas elementares. Um exemplo é a hematose, a troca de ar rico em gás carbônico por oxigênio, que ocorre no pulmão.
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Quando o corpo atinge temperaturas abaixo dos 36 °C, a pessoa pode apresentar confusão mental, fraqueza e sonolência por conta da má oxigenação no cérebro. Em casos mais extremos, há ocorrência de estado de coma e até de óbito.
Por isso, é importante ficar de olho nos sintomas: se o calafrio não for embora com um chazinho quente, vale a pena acompanhar a temperatura com um termômetro e, se necessário, procurar um médico.
Além disso, é interessante conhecer as causas do problema, pois a queda abrupta na temperatura pode estar relacionada a questões de saúde que precisam ser monitoradas sob orientação médica.
Existem algumas razões que podem causar hipotermia, a principal delas é uma longa exposição ao frio intenso, não permitindo que a produção de calor do organismo resista à temperatura externa.
Durante o inverno é bastante comum que pessoas em situação de rua sejam afetadas pelo problema, por isso, deve-se ter atenção redobrada com as políticas de assistência social em dias frios.
Além de mal-agasalhados, a população em situação de rua frequentemente está subnutrida, o que agrava o problema. Isso ocorre porque a hipoglicemia colabora para a hipotermia e, sem glicose disponível, as células têm dificuldade em manter um ritmo metabólico adequado. Com o frio, em que as trocas químicas são menos intensas, o problema é ainda maior. Por isso, os diabéticos precisam ficar “de olho” em uma doença chamada neuropatia diabética, que pode se agravar com o frio.
As principais razões metabólicas da hipotermia são hipotireoidismo, insuficiência adrenal e hipopituitarismo. Essas condições também podem causá-la, mesmo que o frio não esteja intenso.
Isso ocorre porque a hipotermia é caracterizada pela dificuldade do corpo em produzir reações químicas necessárias à sua manutenção. Assim, as disfunções metabólicas que deixem o corpo “mais lento” também colaboram para a questão.
Existem ainda outros motivos que favorecem a hipotermia. Alguns deles são:
Como você pode perceber, é fundamental monitorar de perto a temperatura corporal. Esses e outros temas de saúde você encontra aqui no blog do Mackenzie e, claro, em nossos cursos de graduação.
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Fonte: MedicinaNet, Revista Escola Enfermagem USP, Minha Vida, Rede d’Or São Luiz