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O conflito entre a Rússia e a Ucrânia se baseia, em grande parte, pelo temor do presidente russo, Vladimir Putin, de que a Ucrânia se junte à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Mas, afinal, o que é essa organização?
A Otan é uma instituição internacional intergovernamental que surgiu em 1949 no contexto da Guerra Fria, conflito político-ideológico estabelecido entre os Estados Unidos (EUA) e a antiga União Soviética (URSS). O objetivo dessa aliança é garantir a segurança dos países que são seus membros.
Os 12 membros fundadores originais são: Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal. Hoje, a Otan é a maior entidade política-militar do mundo, sendo composta, ao todo, de 30 nações.
Mesmo tendo sido fundada em 1949, a Otan segue atuante e tem influência em outros contextos além do militar. A organização participa de decisões políticas ocorridas em entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia, tendo explicitamente a função de defender os países membros.
Sua estrutura é organizada de modo a garantir uma participação equilibrada de todos os países. As principais decisões da aliança ocorrem por meio de seus representantes militares, que são os chefes de defesa de cada país membro e pelas delegações compostas de especialistas.
Nos últimos 30 anos, a Otan organizou e participou de operações militares em alguns conflitos importantes, como a guerra dos Estados Unidos com Kuwait (1990), da Bósnia (1994), do Afeganistão (2001) e da intervenção no Iraque (2004).
O presidente Vladimir Putin já se manifestou dizendo que a entrada da Ucrânia para a organização seria uma ameaça à Rússia. Por conta disso, ele quer que o governo ucraniano mude sua constituição para assegurar que nunca vai fazer parte da Otan ou da União Europeia.
A localização da nação comandada por Volodymyr Zelensky tem pistas dos motivos pelos quais Putin tem medo de a Ucrânia encontrar novos aliados. A antiga nação integrante da URSS faz fronteira com Polônia, Eslováquia, Hungria, Romênia, Moldávia, Belarus, Rússia e Crimeia.
Essa última, aliás, foi anexada à Rússia em 2014, fato que acentuou o conflito entre os dois países. Três dias antes da invasão russa feita em 2022, Putin reconheceu as duas províncias separatistas, desrespeitando o acordo de paz firmado em 2015.
O presidente russo ainda vê a Ucrânia como “uma nação fictícia, criada por Lênin e agora dominada como um fantoche pelo Ocidente”, conforme citou a jornalista Sandra Cohen, do G1. Por essa razão, a entrada do país para a aliança militar significaria, segundo a visão de Vladimir Putin, a perda total de um possível controle sobre a região.
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Fonte: Valor Econômico, G1