Você já se sentiu perdido no meio de tantas matérias que precisa estudar? Essa situação é comum na vida de estudantes que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vestibulares e até mesmo na vida de universitários — afinal, eles também precisam se dedicar aos estudos, não é mesmo?
É por isso que muitos usam uma ferramenta aparentemente simples, porém poderosa, para organizar os estudos. Estamos falando do mapa mental.
Essa estratégia de estudos foi criada em 1970 pelo psicólogo cognitivo Tony Buzan, que apresentou a ideia em programas de televisão de emissoras como a BBC, em livros e em fitas VHS — que eram populares na época.
Rapidamente esse conceito foi incorporado por estudantes, além de empresas que buscavam soluções criativas para algumas tarefas.
Em primeiro lugar, temos que refletir sobre as características de um mapa: são objetos absolutamente visuais, certo? Pois então, um mapa mental também é uma ferramenta composta de vários elementos visuais. O mapa ajuda a sair de determinado ponto para chegar a um destino; assim, não nos perdemos — e esse objetivo também está presente em um mapa mental.
Você pode fazer o seu da seguinte forma:
Imagine um mapa mental sobre o descobrimento do Brasil. Como ele seria? O tema “Brasil Colonial” poderia estar no centro, puxando outros tópicos ao redor, como “comércio de especiarias”, “capitanias hereditárias”, “extrativismo”, etc.
Cada um desses subtemas permite que sejam incluídas novas informações, além de existir uma ordem cronológica entre eles. Essa ordem deve ser respeitada e pode estar na orientação da leitura, usando símbolos como números e setas.
O mapa mental não é um resumo da matéria; logo, grandes blocos de textos não são bem-vindos. No lugar deles, coloque palavras-chaves que farão você se lembrar do tema estudado.
Por mais que seja uma ferramenta visual, o mapa mental não exige que você seja um excelente desenhista, então não se preocupe com a qualidade técnica dos elementos. O desenho em um mapa mental é como a caligrafia das anotações: o mais importante é que você os entenda.
Por fim, lembre-se de que essa ferramenta é pessoal; tudo bem se alguém bater o olho e não entender o seu mapa, desde que ele faça sentido para você.
É possível usar essa técnica de aprendizagem em todas as disciplinas. Mesmo em assuntos que não têm muito potencial gráfico, como a matemática, você pode recorrer ao mapa mental — uma dica é dar destaque às fórmulas, por exemplo.
A ferramenta também é muito usada no aprendizado de idiomas. Alguns estudantes começam o mapa partindo de um verbo que querem aprender e vão construindo o material com as conjugações. Não há uma regra definitiva para o uso, por isso o aluno deve dar certa liberdade para a criatividade, tornando essa experiência mais leve.
Existem algumas ferramentas, como o Mindmeister (pago), o Lucidchart (gratuito, em inglês) e o Coggle (gratuito, em inglês), que permitem a criação de mapas mentais online, e o usuário ainda pode baixar ou imprimir as criações.
A versão online não é, necessariamente, mais eficiente do que a física. Uma vantagem do mapa mental em papel é que ele não vai distrair você com notificações ou redes sociais — que, convenhamos, podem atrapalhar uma tarde de estudos, não é verdade?
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Fonte: Estudar Fora, Tony Buzzan, Rock Content