A Matemática costuma ser uma disciplina que assusta alguns estudantes, principalmente aqueles que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares. Uma dica para facilitar o aprendizado dessa matéria é usar um mapa mental de matemática. Você já ouviu falar disso?
O mapa mental é uma ferramenta de aprendizado criada pelo americano Tony Buzan. Nas décadas passadas, milhares de pessoas compraram os livros dele e fitas VHS para entender como aplicar o conceito na sala de aula e melhorar a capacidade de aprendizado.
Agora, essa ideia está mais popular, embora muita gente ainda não a entenda bem. Para ajudá-lo a compreender o que é um mapa mental e o que não é, vamos explicar o método e criar um pequeno guia para que você consiga elaborar um mapa mental de matemática.
O mapa mental é uma ferramenta visual na qual conceitos são organizados de forma coerente e ilustrados com imagens e símbolos. Por isso, muita gente acredita que precisa ser um bom desenhista para criar um mapa mental de matemática e desiste dessa ideia sem nem ao menos tentar.
Você não precisa ser um desenhista talentoso para organizar suas ideias em um mapa mental, embora seja provável que o seu mapa se transforme em uma obra de arte caso você realmente seja um artista.
Acontece que o mapa mental precisa ser compreendido. Ao contrário de outras ferramentas de estudo, como resumos, resenhas e fichamentos, não importa se um outro estudante não entender o mapa mental de matemática de outro.
As imagens usadas na criação de um mapa mental precisam fazer parte da lógica, por isso é comum que se use setas indicando a ordem de leitura dos conteúdos. No caso de fórmulas que precisam ser memorizadas, é possível destacá-las usando cores fortes e letras grandes, de modo que sejam visualizadas com facilidade.
Em primeiro lugar, você deve selecionar as informações importantes que precisam estar lá. Lembre-se de que não dá para incluir tudo, então deixe as grandes explicações para os livros e as apostilas.
Em seguida, hierarquize as informações selecionadas em uma ordem lógica. Como nós lemos da esquerda para a direita, faz sentido que você respeite essa orientação.
Você pode construir o mapa mental usando uma folha sulfite. O ideal é colocá-la na horizontal, pois isso aumenta a capacidade de uso do espaço na ordem ocidental de leitura.
Alguns conceitos matemáticos podem ser muito abstratos e sem uma relação direta com as experiências do estudante. Nesse caso, exemplifique-os com uma frase de efeito ou um desenho.
Por exemplo: a ideia de inflação não faz muito sentido para você? Desenhe uma nota de dinheiro com 10% do conteúdo pintados de vermelho, então só de bater o olho você se lembrará de que o tema trata da desvalorização do poder de compra de uma moeda.
Se você colocar vários tópicos que não conversem entre si, não terá um mapa mental, mas sim uma lista de itens. Buzan sugeria que o mapa começasse do centro da folha, com a apresentação do assunto principal.
A partir dele, surgiriam ramos que o ligariam a subtemas, os quais poderiam dar origem a outros assuntos. Em um mapa mental de matemática, essa regra pode não funcionar para todos os assuntos que precisam ser estudados — ainda que funcione muito bem para outras disciplinas.
Isso porque o excesso de fórmulas e cálculos pode gerar poluição visual. Ao ver tanta informação desorganizada no mapa mental, o estudante pode se confundir. Sendo assim, não se empolgue na hora de incluir dados, figuras, cálculos etc.
Mais importante do que decorar conceitos e fórmulas é compreendê-los, e a melhor maneira de fazer isso é praticando com exercícios matemáticos. Ainda que um mapa mental de matemática possa ajudá-lo, ele não substitui a resolução de problemas.
Até porque uma prova de Matemática testa o estudante pedindo que ele resolva equações, e não verificando se ele decorou um tema. O mapa mental na matemática é um aliado para que você compreenda o conceito e pode ser muito útil nos primeiros contatos com um assunto dessa matéria, mas a melhor maneira de testar o conhecimento ainda é resolvendo simulados e provas.
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Fonte: Tony Buzan, Stoodi