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A ideia do ser humano criando máquinas que, eventualmente, vão se revoltar e dominar o mundo é um “prato cheio” para livros e filmes de ficção científica. Com a tecnologia avançando cada vez mais rapidamente, muita gente tem medo de que algumas premissas fantasiosas possam um dia virar realidade.
Felizmente, para os humanos, há muita informação errada e confusão quando se discute inteligência artificial (IA), então hoje você vai saber o que é mito e o que é verdade acerca desse assunto.
Antes de definirmos o que é mito e o que é verdade em relação ao assunto, é preciso ter uma definição mais clara. Apesar de muitos autores e cientistas discutirem a ideia de máquinas inteligentes há séculos, foi na década de 1950 que a IA começou a ser pensada em termos científicos mais claros.
A primeira menção “oficial” ao termo foi em um documento da Universidade de Dartmouth (EUA), no qual cientistas afirmaram que, com tempo e recursos suficientes, seria possível produzir máquinas com capacidade de raciocinar e aprender como os seres humanos.
Entre os cientistas estavam Claude Shannon, inventor da linguagem binária de computadores, e Nathaniel Rochester, um dos primeiros criadores de computador da IBM.
Desde então, o termo “inteligência artificial” é utilizado para descrever o campo da Ciência desenvolvedor de máquinas que tentam realizar atividades humanas de maneira autônoma.
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Sim, a evolução da inteligência artificial será capaz de substituir algumas posições que, atualmente, são ocupadas por pessoas. Alguns dos exemplos são atendentes de telemarketing, que estão sendo substituídos por robôs em chats, e motoristas de caminhão, que estão com o emprego ameaçado por veículos autônomos.
A IA, porém, não é a responsável exclusiva pela substituição nem pela extinção de empregos. Sempre que surge uma nova tecnologia, a colocação da mão de obra humana é repensada, e vagas que exigem novas habilidades surgem — é só pensar em como a Revolução Industrial transformou a demanda do trabalho humano.
Por mais que a IA consiga renovar alguns cargos, a tecnologia ainda está muito distante de conseguir substituir um ser humano em processos decisórios e estratégicos.
Muitas notícias divulgam feitos de programas ou robôs de IA, como aprender a programar ou dar respostas mais rapidamente do que humanos. Na prática, porém, o que a tecnologia faz é analisar um grande banco de dados (com velocidade cada vez maior) e encontrar atalhos para respostas, sem criar ou desenvolver novos raciocínios.
Um dos exemplos ocorreu em 2016, quando a Microsoft criou um robô de inteligência artificial para conversar com usuários do Twitter. Em um dia, o robô começou a fazer posts racistas e machistas, sendo tirado do ar.
O problema foi que muitos usuários mandaram mensagens desse tipo para o perfil, então ele entendeu que aquilo era o correto ao usar um grande banco de dados e selecionar, por meio de números estatísticos, o que era “normal” de se dizer.
Na prática, isso demonstra o que pesquisadores da área chamam de “IA estreita” ou “IA fraca”. Os robôs conseguem realizar atividades como reconhecer rostos, preencher frases em bancos de pesquisas e responder a perguntas comuns, mas não conseguem utilizar essas informações para pensar em um contexto maior. Essa habilidade, chamada de “IA forte”, de nível humano, é exclusivamente nossa (por enquanto).
Lembra aqueles cientistas que cunharam o termo IA e foram citados no início deste texto? Eles afirmaram que, em alguns anos e com os recursos necessários, conseguiriam fazer uma máquina que pensasse como os humanos.
Cerca de 50 anos depois, John McCarthy disse que, apesar de todo o avanço, a tecnologia estava longe de alcançar esse objetivo. Para ele, a Ciência ainda não conseguiu compreender o cérebro humano, portanto não se sabe o que querem replicar.
Por mais que a IA supere esse patamar e consiga desenvolver pensamentos complexos e se reproduzir, qualquer programa criado que não obedeça os humanos pode ser desligado.
Caso futuramente existam robôs com pensamentos, eles dificilmente terão emoções que balizem suas ações. Portanto, uma guerra de humanos contra máquinas muito provavelmente só vai continuar existindo no campo da ficção.
Apesar de a inteligência artificial não raciocinar como humanos, ela pode filtrar e encontrar dados muito mais rapidamente do que nós. Como cada vez mais as companhias dependem da informação (big data) e da análise correta de dados para serem competitivas nos mais diferentes segmentos, não há como imaginar um futuro sem que a IA seja parte da rotina nas empresas.
Algumas das provas dessa tendência são o aquecimento do mercado de trabalho da Tecnologia da Informação (TI) e a disputa das empresas pelos profissionais qualificados da área.
Fonte: IT Forum, Tecnoblog, Tamboro, TOTVS, Oracle