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As fotografias são capazes de eternizar momentos da história. Guerras, amores, tristezas e outros instantes ficam gravados e começam a fazer parte do imaginário coletivo. Contudo, nem sempre as pessoas sabem o que se esconde por trás daquelas fotos.
Muitos personagens são tão importantes que merecem ter a história contada. Outros, por vezes, são retratos de instantes tristes da humanidade, mas que também merecem atenção. Aproveitando os 50 anos da icônica foto da “Garota Napalm”, saiba um pouco mais de algumas fotos históricas a seguir.
Não se sabe quem é o jovem homem, mas a foto dele em frente aos tanques durante um protesto na Praça da Paz Celestial (China), em 1989, é histórica. Tirada pelo fotojornalista Jeff Widener, um dos profissionais mais importantes da área no século 20, enquanto ele estava em um quarto de hotel fugindo da violência que tomava conta das ruas de Pequim.
O país vivia um processo de reformas políticas e econômicas, e um grupo de universitários e intelectuais estava incomodado com a lentidão das mudanças. Acampados no centro da capital chinesa durante um protesto pacífico, eles acabaram sendo atacados por tanques e metralhadoras. O jovem sem nome impediu que o veículo passasse, subiu no tanque e protestou desafiando o avanço das tropas.
Operário no estaleiro Blohn + Voss, na cidade alemã de Hamburgo, o trabalhador de indústria August Landmesser ficou famoso com a repercussão de uma fotografia dele se recusando a fazer a saudação nazista em 1936.
Landmesser era casado com a judia Irma Eckler, razão pela qual foi expulso do partido e preso, com ela, em 1937, acusado de “desonrar a raça”. Ela faleceu em um campo de extermínio e ele foi enviado contra a vontade para um campo de batalha, desaparecendo em 1944. Ainda assim, a postura dele é um marco inesquecível na história da época nazista.
O Brasil vivia o auge da repressão durante a Ditadura Militar. Em junho de 1968, um grupo de estudantes protestava no Rio de Janeiro quando o comando do Exército ordenou que o movimento fosse interrompido. Inúmeras imagens daquele dia se tornaram fotografias históricas, mas uma delas foi mais marcante.
É possível ver dois policiais perseguindo um estudante no dia que ficou conhecido como “Sexta-feira Sangrenta”, um dos atos mais violentos do regime militar contra o movimento estudantil. A foto é de Evandro Teixeira e foi publicada sem crédito na capa de um jornal.
Uma das fotos mais famosas de todos os tempos tem personagens sem nome, isso porque não se sabe quem tirou a fotografia nem quem eram os trabalhadores retratados nela. Registrada durante a construção do Rockefeller Center, em Nova York (EUA), a imagem ilustra uma pausa para o almoço feita em uma viga de metal no topo do arranha-céu que rasga a Big Apple.
O espanhol Javier Bauluz é um dos fotógrafos mais prestigiados do século 20. Uma das mais famosas fotografias do extenso portfólio dele, que venceu o Prêmio Pulitzer da categoria, retrata a disparidade social entre diferentes classes por todo o planeta.
A imagem mostra um casal de turistas sob um guarda-sol, acompanhado de uma caixa de isopor com cervejas geladas, enquanto, ao fundo, um corpo jogado na areia aguarda ser recolhido. Trata-se de um imigrante que tentava chegar à Europa pelo mar e acabou falecendo antes de concretizar esse sonho.
Kim Phuc ilustrou o terror da guerra em uma das fotos históricas mais emblemáticas do século 20. A jovem garota foge em desespero, nua, logo após uma bomba napalm cair sobre a vila em que ela residia, no Vietnã. Tirada por Nick Ut, a imagem ganhou o Prêmio Pulitzer e mostra a garota sofrendo com as queimaduras no corpo.
Em 2022, 50 anos depois, ela está nos Estados Unidos fazendo a 12ª terapia para as queimaduras. O tratamento é feito gratuitamente desde 2015 em um instituto para cicatrizes. Como diz a agora adulta Phuc, que isso sirva para que as pessoas entendam os horrores gerados pelas guerras.
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Fonte: Folha de São Paulo, G1, Artalistic, MegaCurioso, Mistérios do Mundo