No início de março de 2022, foi firmado o Tratado da Poluição Plástica, um dos acordos globais mais importantes desde o Acordo de Paris, em 2015. A resolução foi feita em Nairóbi, durante a 5ª sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-5), oficializando o plástico como uma ameaça ao ecossistema.
O encontro realizado na capital queniana reuniu chefes de estado, ministros do meio ambiente e representantes de 175 países para definir novas estratégias de intervenção no problema da poluição por plástico, agindo em todas as etapas do ciclo de vida do material, abrangendo da matéria-prima ao descarte final do produto.
Dados disponibilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) mostram que o problema da poluição por plástico é gigantesco, portanto precisa de interferência global imediata.
O relatório mostra que a produção de plástico cresceu muito nas últimas décadas, chegando a 400 milhões de toneladas atualmente. No entanto, apenas 9% do material é reciclado, e isso significa que todo o restante vai parar em aterros sanitários ou mares.
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Quando falamos sobre o oceano, o problema assusta ainda mais: por volta de 11 milhões de toneladas de plástico são descartados anualmente nas águas, ameaçando diretamente o hábitat de diversas espécies. O material também libera substâncias perigosas que, ao longo do tempo, interferem na alimentação e na água que consumimos.
A previsão também aponta que, se não tomarmos medidas agora, a quantidade de plástico depositada no mar até 2024 pode subir para 29 milhões de toneladas anuais. Sabendo disso, podemos começar a compreender a importância do Tratado da Poluição Plástica.
O acordo feito durante a UNEA-5 aponta que é necessário lidar com os problemas que surgem em diferentes etapas do ciclo de vida do plástico, como a extração da matéria-prima, fabricação, distribuição, estratégias de reciclagem, reutilização do material e descarte final. Além disso, o tratado aciona um cronômetro, determinando 2024 como o ano limite para que as 175 nações intervenham na questão.
Essa decisão impacta não só os governos e suas escolhas para o meio ambiente pelos próximos dois anos, mas também a indústria e o consumidor final. Na prática, podemos esperar muitas mudanças na gestão do material e da redução do uso de plástico.
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Fonte: National Geographic, UNEP, UOL, Agência Brasil, DW.