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Elena Ferrante é o pseudônimo de uma escritora italiana cuja identidade nunca foi revelada. Sua obra mais famosa é a tetralogia Série Napolitana, composta das obras A amiga genial, História do novo nome, História de quem vai e de quem fica e História da menina perdida.
Os livros narram a história de duas meninas que crescem na Itália do pós-guerra e enfrentam a violência entre outras várias adversidades revelando uma relação de apoio, mas também de rivalidade.
A série ganhou prestígio mundial e vendeu mais de 30 milhões de cópias, levando muitas pessoas a tentar descobrir a identidade da autora. Entre as suspeitas estão o escritor italiano Domenico Starnone e, mais possivelmente, a tradutora e editora Anita Raja.
Desse modo, a busca pela identidade da escritora levantou a discussão de até que ponto a mídia tem o direito de invadir a privacidade de alguém que não quer revelar a verdadeira identidade.
Ao longo da história, por uma série de motivos diferentes, vários escritores usaram a estratégia de ter um pseudônimo para poder publicar ou esconder sua real identidade. Vamos conhecer alguns deles.
Em uma época na qual o papel feminino era relegado à esfera doméstica, algumas das maiores escritoras da história da língua inglesa precisaram usar pseudônimos masculinos para conseguir fazer publicações. É o caso das irmãs Charlotte, Emily e Anne Brontë, que utilizaram os pseudônimos masculinos Currer, Ellis e Acton Bell para publicarem o primeiro livro de poemas.
Os pseudônimos foram mantidos em obras posteriores que ganharam o público e se tornaram clássicos da literatura. Charlotte Brontë escreveu Jane Eyre, Emily escreveu O morro dos ventos uivantes e Anne foi a autora de A senhora de Wildfell Hall.
Quem acha que ter de usar um pseudônimo masculino para fazer publicações é algo do passado, enganou-se. Joanne Rowling, famosa pela série de livros do universo Harry Potter, afirmou em entrevista que foi convencida por editores para abreviar seu nome para J. K. Rowling para facilitar as vendas com o público masculino.
Mais tarde, na carreira, a autora chegou a usar outro pseudônimo, Robert Galbraith, para publicar novos livros sem a pressão de ser comparada à série que a fez famosa.
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Outra autora que mudou o nome para se diferenciar da sua obra mais conhecida foi Agatha Christie. A “rainha do crime”, que ficou famosa pelas séries de livros dos detetives Hercule Poirot e também de Miss Jane Marple, empregou o pseudônimo Mary Westmacott para escrever e publicar romances e peças de teatro.
Antes de ficar famoso pelas obras A revolução dos bichos e 1984, Eric Blair teve uma longa carreira como jornalista e correspondente de guerra. Alguns dos seus primeiros livros narravam as experiências do autor vivendo nas grandes cidades em condições de pobreza e até na rua. Para evitar relacionar o nome da família à condição de “vagabundo” e “mendigo”, escolheu o pseudônimo George Orwell, que ficou mundialmente famoso posteriormente.
Para se aventurar pelos folhetins de romances e histórias sensuais que eram publicadas nos jornais brasileiros dos anos 1940, Nelson Rodrigues empregou o pseudônimo de Suzana Flag. Além disso, o escritor usou a identidade de Myrna para dar conselhos amorosos em uma coluna de jornal.
Depois de já estar com o nome consolidado na literatura de terror, Stephen King decidiu fazer uma experiência para saber se era mesmo talentoso ou se apenas mantinha a fama que tinha alcançado. Para isso, criou o escritor Richard Bachman e até emprestou a foto de outra pessoa para dar “cara” à criação. Convenceu então sua editora a publicar alguns livros com esse pseudônimo que, para sua sorte (ou talento), todos foram bem-sucedidos.
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Fonte: BBC, Super Interessante, El País, Leio na rede, Tag Livros, Incrível, Mundo de Livros.