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Apesar do foco ecológico sempre dado à questão do desmatamento, é preciso entender também as consequências econômicas, políticas e culturais dessa prática. Confira cinco impactos sociais causados pelo desflorestamento.
1. Conflitos sociais
Quantas vezes vemos notícias de enfrentamento entre madeireiros e agricultores ou indígenas? Não são somente líderes indígenas e pequenos agricultores que sofrem os efeitos desses conflitos, pois se estendem, muitas vezes, a pessoas ligadas à defesa do meio ambiente.
2. Genocídio de povos indígenas
A violência decorrente dos conflitos sociais por causa do avanço do desmatamento impacta fortemente a questão da demarcação de terras indígenas. Aqui, podemos identificar dois problemas sociais: o genocídio (extermínio deliberado de uma comunidade) de indígenas e o fator cultural, considerando a ligação ritualística e social que esses povos têm com o local onde vivem.
3. Doenças e mortes
Desequilíbrios decorrentes do desmatamento têm causado fenômenos como furacões, tufões, ciclones, vendavais e enxurradas, com baixo ou médio estrago e até destruição total, resultando em mortes.
Além disso, há doenças. São exemplos os problemas respiratórios causados pela poluição e parasitas ingeridos em água contaminada.
4. Problemas para a economia
O desmatamento desenfreado não é bem visto, o que acaba influenciando a imagem do Brasil no exterior e impactando a economia, uma vez que eventualmente países decidem parar de importar nossos produtos por conta da exploração indevida de recursos.
Em meados de 2019, por causa das queimadas na Amazônia, a Finlândia cogitou parar de comprar carne e soja brasileiras; foi além e propôs que o boicote fosse feito por toda a União Europeia. Se isso acontecesse, desequilibraria a balança comercial nacional.
Dicas importantes para o estudo sobre desmatamento
1. O desmatamento não é sempre ilegal. A Lei n. 11.428/2006 prevê autorização para a retirada de vegetação em áreas de Mata Atlântica. No entanto, em fevereiro de 2019, por meio da Instrução Normativa (IN) n. 09/2019, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estabeleceu novos critérios e procedimentos para autorizar o corte de plantas nessas áreas.
2. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil tem compromissos registrados na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) no Acordo de Paris, que indica algumas metas até 2030:
- zerar o desmatamento ilegal;
- restaurar 12 milhões de hectares de florestas;
- compensar a emissão de gases de efeito estufa resultantes da retirada de vegetação.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, WWF Brasil, Fundação Instituto de Administração (FIA), Greenpeace Brasil e Global Witness.