5 filmes para entender o Neocolonialismo

No período entreguerras, territórios da Ásia, África e América do Sul foram dominados por potências econômicas da Europa. Esse controle territorial se dava sob a forma de colônias, mediante o uso de força militar. Essa época ficou conhecida como Neocolonialismo — uma segunda onda global de colonização (a primeira foi durante as Grandes Navegações).

Após várias revoltas por independência, boa parte desses territórios não é mais colônia, do ponto de vista formal. Porém, em grande parte dos casos, os controles econômico e simbólico se mantêm.

Conheça cinco filmes cuja trama envolve o contexto do Neocolonialismo e podem ser úteis para você entender o tema, bem como se destacar no vestibular.

1. O Jardineiro Fiel

Quase 10% da população queniana vive na capital do país, Nairóbi. (Fonte: Shutterstock)

O primeiro da lista de filmes para entender o Neocolonialismo é O Jardineiro Fiel, de 2005, dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles. Trata-se de um filme clássico, que foi indicado a quatro categorias no Oscar: Melhor Atriz Coadjuvante (Rachel Weisz), Roteiro Adaptado (Jeffrey Caine), Montagem (Claire Simpson) e Trilha Sonora Original (Alberto Iglesias).

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A trama se passa em uma comunidade afastada do Quênia. Uma ativista (Rachel Weisz) é assassinada, e o principal suspeito é um médico foragido que trabalhava com ela. Perturbado pela situação e desconfiado por causa das traições da esposa falecida, o marido (Ralph Fiennes) viaja ao país africano para entender o caso.

Ao longo da jornada, o filme apresenta três continentes e diversos problemas desse país africano, que é marcado pela exploração e dependência econômica, características do Neocolonialismo.

2. Pantera Negra

Os trajes dos guerreiros de Wakanda foram incorporados em manifestações por direitos civis. (Fonte: Shutterstock)

Esse filme de ficção de 2018 revela a realidade dos países africanos de uma forma curiosa. Na trama, Wakanda é um país que consegue atingir sua plena potencialidade ocultando sua realidade do restante do planeta.

Embora o país tenha descoberto um elemento chamado vibranium, que proporcionou um avanço tecnológico singular, a região vivia diante do mundo como se fosse mais um país africano pobre. Isso permitiu à nação viver em paz, sem que outras potências desejassem invadir o local e dominar seus recursos naturais.

O filme arrecadou mais de US$ 1 bilhão em bilheteria e ainda é muito popular por trazer às telas super-heróis negros.

3. Mandela: Longo Caminho para a Liberdade

Mandela passou mais de 1 década na prisão de segurança máxima de Robben Island. (Fonte: Shutterstock)

O filme Mandela: Longo Caminho para a Liberdade conta a história de Nelson Mandela, líder popular sul-africano que lutou pela liberdade do país. Marcada pelo apartheid (forma de racismo institucionalizada pelo Estado) e intensa desigualdade social, a África do Sul teve em Mandela sua principal referência.

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Por conta de seu ativismo, Mandela ficou preso por 27 anos. Ao sair da prisão, liderou uma coalizão democrática no país e venceu as eleições. O governo dele foi marcado por mudanças sociais muito importantes.

No entanto, o filme sobre o Neocolonialismo trata a candidatura e a vitória presidencial de Mandela como uma mediação de ingleses brancos que governavam o país e entendiam que, se não houvesse nenhuma concessão às reivindicações populares, o motim não seria contido pelas forças policiais.

4. Hotel Ruanda

O Hotel Des Mille Collines, ainda em operação, é conhecido por ter servido de refúgio para parte da população ruandesa durante o genocídio étnico. (Fonte: Shutterstock)

O filme, que revela muito sobre o Neocolonialismo é baseado em uma história real e se passa em Kigali, capital de Ruanda, em 1994. A trama revela um genocídio derivado dos conflitos entre hutus (maioria étnica) e tutsi.

Após assinar um acordo de paz, o presidente do país foi assassinado — o que foi a razão alegada pelos hutus para massacrar a minoria tutsi. Diante desses conflitos, um hotel foi procurado por cidadãos do país, onde eles passaram a receber proteção das Nações Unidas.

Parte dos conflitos étnicos ocorreram porque os países europeus dividiram o território africano desconsiderando as dinâmicas políticas existentes nesses locais.

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O traço neocolonial também aparece em um momento crítico do filme Hotel Ruanda: tropas surgem e o conflito parece estar próximo do fim, mas na verdade a missão consiste em tirar apenas os hóspedes estrangeiros (e brancos) do hotel em segurança.

5. O Último Rei da Escócia

A permanência do inglês como língua oficial em Uganda, mesmo após o fim da intervenção britânica, é um exemplo da expressão neocolonial. (Fonte: Shutterstock)

O filme de 2006 rendeu o Oscar de Melhor Ator para Forest Whitaker, que interpretou o militar Idi Amin Dada. A história se passa em Uganda, onde um médico britânico recém-formado começa a clinicar e, por acaso, ele atende o presidente do país, que estava com um ferimento na mão.

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Afeiçoado ao rapaz, o militar convoca-o a ser seu médico pessoal e torna-o um assessor influente no país. Tudo fica mais complexo quando o médico passa a ter um caso com uma das mulheres do presidente. A história revela o lado sombrio do governo ugandense, que administra o país com mão de ferro e com poderes ilimitados.

Fonte: Adoro Cinema e Cinema Terra.

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