Saiba como vai funcionar o vestibular do Mackenzie
Por conta da pandemia de covid-19, a economia mundial deve ter uma retração de 4,9% em 2020, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). E como será possível recuperá-la se o modelo atual de produção baseado no aumento do consumo e na extração crescente de recursos naturais, como o petróleo, é insustentável?
O que fazer daqui para a frente se as temperaturas globais estão aumentando e causando eventos climáticos cada vez mais extremos e frequentes, como tempestades e intensificação de secas?
O conceito “retomada verde” pode ser uma boa resposta. A ideia concentra-se em soluções que beneficiarão as pessoas e o planeta por muitos anos, utilizando a proteção de ecossistemas e o combate à crise climática como oportunidades para investir em energia limpa, garantindo a saúde, a segurança e os direitos civis. Confira os principais pontos dessa estratégia.
Baixo carbono
A paralisação das atividades econômicas mostrou que é possível reduzir as emissões de carbono no planeta. Durante a pandemia, os índices de poluição alcançaram os níveis registrados em 2006. No entanto, para ter efeito sobre o aquecimento global, é necessária que as mudanças sejam permanentes.
Dessa forma, a retomada verde promove a transição da sociedade para um modelo econômico de baixo carbono. Para tanto, é preciso diminuir o desmatamento e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis para a produção de energia na indústria e nos transportes, que são os principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa.
Energia limpa
O setor industrial pode contribuir para a retomada verde com o uso de tecnologias sustentáveis para aumentar a eficiência energética, além de adotar fontes renováveis de energia. A indústria ainda depende de combustíveis fósseis, como o petróleo ou o carvão, e o momento é propício para investir nas energias solar e eólica.
O setor de mobilidade pode ser beneficiado com investimentos em veículos movidos a biocombustíveis ou elétricos. A pandemia também mostrou que andar a pé ou de bicicleta reduz o risco de contaminação, ao mesmo tempo que contribui para a saúde e o clima.
Economia sustentável
A retomada verde também promove a economia circular, com ações de redução dos resíduos gerados pelo consumo e do aumento da reciclagem. A sustentabilidade também pode ser alcançada com a melhoria dos sistemas produtivos.
Nesse sentido, o agronegócio tem um papel fundamental. A agricultura sustentável pode gerar até R$ 19 bilhões em produtividade até 2030, por meio do uso mais eficiente do solo e da recuperação de pastagens degradadas.
Dessa forma, as florestas podem gerar mais renda em pé do que derrubadas. Nesse sentido, o manejo sustentável de produtos como madeira, açaí, castanha e outros recursos da biodiversidade, pode ajudar no desenvolvimento de comunidades, ao mesmo tempo que auxiliam na redução da velocidade das mudanças climáticas.
Infraestrutura para o futuro
As obras de infraestrutura deverão ser planejadas considerando o aumento de eventos extremos previstos com o aquecimento global que emerge. Nesse movimento, devem-se utilizar recursos próprios da natureza e soluções renováveis para diminuir o seu impacto no meio ambiente.
Como as cidades precisam se preparar para o aumento de eventos extremos, como chuvas e calor, o espaço urbano precisará ser mais arborizado e parques lineares podem ajudar a evitar e controlar enchentes, bem como reduzir a sensação de calor.
A expansão de investimentos sustentáveis para o acesso à água e ao saneamento também será necessária para enfrentar o aquecimento global, pois as mudanças climáticas tornarão os atuais projetos de infraestrutura de saneamento obsoletos, devido ao aumento ou à escassez do regime de águas.
Fonte: Estadão, WRI Brasil, BBC, TecMundo e Tratamento de Água.