Saiba o que estudar para o vestibular do Mackenzie!
Alguém abastece o carro e paga R$ 5 no litro da gasolina. Algumas semanas depois, no entanto, surpreende-se negativamente com o preço, que sobe para R$ 5,50. Má notícia, não é?
Essa tem sido uma realidade em todo o Brasil.
Desde o início do ano, a gasolina já subiu 27,5%, e novos aumentos já foram anunciados. Esse fenômeno é chamado de inflação, ou seja, quando um produto fica mais caro com o passar do tempo.
Mas como isso funciona do ponto de vista da economia? Quais são as causas?
Entenda mais o tema que incomoda quem vê seu poder de compra diminuir.
Se você ligar a televisão no horário do jornal, poderá ver o âncora anunciar que o IPCA está acumulado em 9% nos últimos 12 meses, mas a maior parte das pessoas não sabe ao certo o que significam esses índices e siglas.
Por isso, é hora de entender esse universo, que pode ser útil no vestibular e na sua vida financeira.
Mês a mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) produz dois índices que medem a inflação: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado de forma oficial, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A diferença entre eles é a seguinte: enquanto o IPCA engloba a realidade das pessoas com renda de 1 a 40 salários mínimos, o INPC mede o aumento nos preços da cesta de produtos e serviços mais importantes para quem tem de 1 a 5 salários mínimos.
Por isso, embora não seja oficial, o INPC pode ser um índice mais relevante para compreender a dinâmica financeira da maior parte da população. Tanto é assim que o reajuste da aposentadoria é calculado por ele, e não pelo IPCA.
Para efeitos práticos, eles têm apontado na mesma direção: ambos indicam uma alta de 9% no aumento do custo de vida no acumulado dos últimos doze meses, ou seja, se o seu salário não subiu tudo isso, você perdeu dinheiro.
Existem algumas razões pelas quais a inflação ocorre. A primeira delas está ligada à demanda: se um produto ou serviço é muito procurado, ele tende a ser vendido mais caro.
Isso foi percebido no início da pandemia de covid-19, por exemplo. A enorme procura por produtos de proteção, como álcool em gel e máscaras, fizeram seus preços dispararem.
Ainda em relação à inflação por demanda, a emissão de moeda também pode ser um agravante.
Se o governo decide imprimir mais reais e injetar na economia, por meio de subsídios e políticas sociais, existe uma tendência de que mais pessoas queiram comprar os mesmos itens.
Outra causa comum vem dos custos de produção. Se a farinha ficar mais cara, o preço do pão também vai subir; se o pão subir, o preço de um sanduíche na sua lanchonete preferida vai acompanhar a alta e assim por diante.
Além disso, existe uma razão conhecida como inercial. Nesse caso, os agentes econômicos se demonstram cautelosos e continuam se comportando em período normal mesmo com o retorno dos preços ao normal.
Assim, mesmo que a farinha esteja com o preço controlado, a padaria e a lanchonete podem continuar a cobrar mais caro. Afinal, será que o preço da farinha sobe novamente?
Gostou de conhecer mais esse assunto?
E esses são apenas alguns dos elementos, existem outros que pesam na balança, como a taxa de juros e a relação com o dólar, por exemplo. Mas isso fica para outro texto ou para a sua graduação em Economia!
Fonte: Nubank, G1, IBGE, Valor Investe.