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Acredite ou não, o número zero está entre as principais invenções do ser humano. Sem ele, o mundo seria completamente diferente e você não estaria lendo essa matéria, por exemplo. Em torno desse algarismo estão algumas das principais particularidades da matemática que reúnem a atenção de profissionais desse campo.
Curioso, não? Então conheça um pouco mais sobre o misterioso algarismo que revolucionou o mundo.
1. Ponto para os árabes e os indianos
Gregos, romanos e egípcios estão entre os povos antigos que mais merecem a atenção de historiadores. Poesia, esculturas, conquistas e instituições estão entre os elementos que mais se destacam quando se olha para essas civilizações.
A cultura desses povos é mesmo fantástica, mas quando o assunto é o zero quem merece a atenção são os árabes e os povos que ocupavam o território que hoje corresponde à Índia. Foram eles os primeiros a registrar a existência desse número, que tinha por finalidade representar o que não existia.
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Os antigos gregos, romanos e egípcios não dispunham de um número “zero”. Os números começavam a partir do algarismo “um”, que representava a primeira parte inteira de algo: uma maçã, um boi, uma árvore.
Os primeiros escritos que abordaram o zero foram discutidos na Antiguidade por diferentes culturas, que intercambiaram esse conhecimento à medida em que uma região era dominada por outra ou em razão de correspondências entre intelectuais.
Pelo que se sabe, o termo “zero” vem do sânscrito (que representava o vazio como shunya), posteriormente traduzido para o árabe como sifr. Depois, ele ingressou nas línguas latinas por meio do italiano, que o chama de “zero” assim como no português.
2. De Exatas ou de Humanas?
Engana-se quem acha que o zero é um problema meramente matemático. Antigamente, o conhecimento não era dividido de maneira rígida, como ocorre hoje. Os intelectuais atuavam em diversos campos de conhecimento, como na Matemática, Filosofia e Literatura.
Por isso, o zero representou por muito tempo um problema não apenas matemático, mas também filosófico, isso porque sua existência seria um paradoxo. Afinal, se o símbolo do zero foi criado para registar algo inexistente, ao ser inscrito no mundo concreto ele não passaria a existir?
3. Termômetro
Se você se lembra das aulas de Física, deve recordar que é justamente a zero graus que a água passa de líquida para sólida e vice-versa. Coincidência? Não. O sueco Anders Celsius, no século XVIII, criou uma escala de temperatura que determinou isso depois de analisar o comportamento da água para tratar do ponto de fusão.
Mas não é sobre isso que se trata o zero absoluto. Esse referencial é o momento em que as moléculas de uma substância expostas ao frio extremo deixam de se agitar. Para Kelvin, físico inglês do século XIX, isso ocorria a zero graus Kelvin ou a cerca de -273,15 ºC.
4. Sem divisão
O zero trouxe uma contribuição fundamental para a Matemática porque permitiu avançar em uma série de problemas teóricos. A primeira de suas muitas características é ser o único número que não é positivo nem negativo e sim neutro.
Além disso, há uma série de regularidades que o zero apresenta em operações matemáticas: qualquer número multiplicado por zero é igual a zero, e elevado a zero, é igual a um. Além disso, somar ou subtrair zero de qualquer número faz com que ele permaneça o mesmo.
O problema está na hora de dividir. Quando o zero é dividido por qualquer número, permanece zero, mas não é possível dividir números por zero. Trata-se de uma indeterminação matemática.
Fonte: Revista Superinteressante, Escola Kids, Chave dos Mistérios.