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Skills-based: entenda o processo seletivo baseado em competências técnicas 

“Sou mais do que o papel mostra”. Esse é o lema da campanha Tear the Paper Ceiling (Rasgue o teto de papel, em português), que incentiva contratações com base no potencial técnico e não apenas no número de diplomas que uma pessoa tem. A proposta nasceu nos Estados Unidos e vai ao encontro de uma tendência crescente em companhias do mundo todo: o recrutamento skills-based (baseado em competências técnicas). Entenda melhor essa vertente e porque a adesão a ela tem aumentado.  

Abordagem skills-based: o que é? 

Ter um curso superior e uma pós-graduação fazem diferença na hora da contratação, mas não é tudo quando o assunto é desempenhar bem uma tarefa. É aí onde entra a abordagem skills-based, que avalia o candidato com base no que ele consegue entregar.  

Dados mostram que essa fórmula tem funcionado. Um estudo da consultoria McKinsey & Company, por exemplo, aponta que organizações pautadas nessa proposta têm seleções 3,5 vezes mais eficientes e até 5 vezes mais precisas do que os recrutamentos baseados apenas na formação acadêmica.   

Em empresas que seguem essa vertente, não apenas a seleção, mas também a rotina de trabalho é previamente desenhada de forma objetiva, para garantir a melhor alocação possível do funcionário e a eficiência das entregas.  

Como ir bem num processo seletivo skills-based 

Apresentar seus projetos bem-sucedidos é uma boa forma de se destacar em um processo seletivo skills-based. (Fonte: Unsplash) 

A adesão à metodologia tem crescido tanto que alguns consultores falam até em uma revolução skills-based. Setores ligados à tecnologia têm sido os primeiros a abraçar a proposta, mas, pouco a pouco, outros segmentos vêm comprando a ideia.  

Confira 3 dicas para se dar bem em um processo seletivo baseado nessa abordagem. 

1. Conheça bem a empresa e o perfil da vaga 

Na abordagem baseada em competências, a primeira coisa que o entrevistador quer entender é como você pode contribuir com a empresa. Portanto, conheça bem a organização, entenda em que medida vocês estão alinhados, tanto no que diz respeito à cultura quanto no que tange às atividades previstas para a vaga. Aborde esse alinhamento de forma objetiva em sua fala.  

2. Apresente seus projetos mais bem-sucedidos  

Essa dica é importante independentemente do modelo de contratação, mas é ainda mais valiosa para seleções skills-based. A organização precisa conhecer o que você é capaz de oferecer, bem como sua disposição e resiliência para concluir as tarefas previstas no descritivo da vaga à qual você concorre. Nesse sentido, apresentar contextos que você tenha vivenciado, histórias de superação e eficiência fará brilhar os olhos do recrutador.  

3. Mostre-se disposto a aprender 

Por mais que você domine as competências previstas na vaga, não saberá tudo. Tenha isso em mente e manifeste sua vontade de aprender sempre mais. Manter essa postura aberta e humilde mostra que a companhia está prestes a contratar alguém que sabe muito, mas não vai parar por ali e está disposto a crescer com a organização.  

A abordagem skills-based não desqualifica seu diploma 

Mesmo não priorizando o diploma universitário, seleções skills-based podem destacar profissionais com boa formação acadêmica devido às competências adquiridas ao longo do curso. (Fonte: Unsplash)

Mesmo que a abordagem skills-based não se fundamente primordialmente em diplomas, ter uma graduação ou pós ainda pode te colocar à frente de outros candidatos, e há vários motivos para isso.  

Em primeiro lugar, uma boa universidade pode oferecer atividades práticas e laboratórios que potencializam seu rol de competências técnicas. Outro ponto relevante é o networking: estar em uma instituição de ensino sólida facilita contatos em seu campo de atuação, abrindo portas para que você possa mostrar do que é capaz. Sendo assim, por mais que o mercado mude, uma boa formação sempre vai te diferenciar.  

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