Finanças pessoais: afinal, de onde vem o dinheiro do cashback?

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No geral, a ideia é bem simples: cashback é um termo em inglês que significa dinheiro de volta — ou seja, você compra produtos e a empresa devolve parte do valor gasto. Esse percentual pode variar de 1% a 50%, dependendo da promoção e dos produtos comprados. Na prática, quem comprou um celular por R$ 2 mil com 5% de cashback recebe R$ 100 na conta daquela empresa, por exemplo. 

Esse formato se popularizou entre os varejistas brasileiros nos últimos anos, assim como nas operadoras de cartão de crédito e nos aplicativos de carteira digital — Méliuz, Ame Digital, PicPay e PagBank são alguns exemplos. A ideia não é nova, tendo surgido nos Estados Unidos, nos anos 1980, quando a varejista Sears resolveu criar um cartão de crédito próprio. Para atrair os consumidores, ofereceu uma porcentagem dos gastos com dinheiro de volta.

Isso tudo funciona mais ou menos como os programas de pontos ou milhas. Em ambos, você recebe uma recompensa pelo tanto que gastou com aquela empresa; contudo, o cashback é muito mais simples de implementar na prática. O benefício também pode ser visto como um desconto: o celular que custa R$ 2 mil e oferece 5% de “dinheiro de volta” sai, no fim das contas, por R$ 1,9 mil.

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O cashback ou dinheiro de volta cresceu em popularidade nos últimos anos, em especial no comércio eletrônico e nos apps de carteira digital. (Fonte: Shutterstock)
O cashback ou dinheiro de volta cresceu em popularidade nos últimos anos, em especial no comércio eletrônico e nos apps de carteira digital. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Por que as empresas oferecem cashback?

Como diz o ditado, “não existe almoço grátis”. O dinheiro do cashback é um investimento da empresa para atrair e fidelizar clientes. As promoções desse tipo podem ser utilizadas para trazer novos consumidores para as lojas, que anunciam para os milhões de usuários de um aplicativo de cashback. Também são uma forma mais atraente de oferecer um desconto em algum produto que já entraria em promoção — R$ 100 de cashback podem chamar mais atenção do que 5% de desconto. Se o dinheiro que volta só pode ser usado em compras futuras, essa é uma forma de a empresa manter o cliente gastando com ela.

Sendo assim, esse investimento está embutido no valor de produtos e serviços oferecidos pela empresa, assim como a verba de marketing. Mas, em vez de investir em anúncios de descontos, a empresa oferece o dinheiro de volta, que pode ser mais eficiente para atrair e fidelizar clientes.

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Empresas oferecem esse tipo de benefício como forma de atrair e fidelizar clientes com verba que iria para outros tipos de promoção. (Fonte: Shutterstock)
Empresas oferecem esse tipo de benefício como forma de atrair e fidelizar clientes com verba que iria para outros tipos de promoção. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Quais são as vantagens do cashback para os clientes?

A principal vantagem é que parte do dinheiro gasto no produto volta para o consumidor, como cashback. Além disso, o “dinheiro de volta” é mais simples do que programas de pontos, e corre-se menos risco de o benefício expirar. O problema é que, para aproveitar as vantagens do cashback, é preciso gastar, de qualquer forma — aí o barato pode sair caro.

Para evitar que isso aconteça, é importante avaliar se realmente precisa daquele produto e fazer pesquisa de preços, já que o item pode estar mais barato, sem o cashback, em outra loja. É interessante, também, avaliar se as condições do cashback são favoráveis: há casos em que, para ter o “dinheiro de volta”, é preciso gastar uma grande quantia com a empresa (ou acumular certo valor na carteira digital). 

Se for uma compra necessária e tanto o valor como as condições do cashback compensarem, a promoção pode ser mesmo vantajosa. Em outros casos, a promessa de ganhar dinheiro de volta pode apenas gerar mais gastos.

Fonte: Rock Content, UOL, TecMundo, Você S/A, BBC.

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