A vida acadêmica pode ser exaustiva. Por essa razão, estar atento à saúde mental é importante, de modo a não se ver prejudicado nos estudos por problemas como a ansiedade. Juntamente à depressão, ela afeta muitos estudantes, sendo essas as principais causas de alunos afastados, de acordo com uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual da Pensilvânia (Estados Unidos).
Doenças de fundo emocional ainda são um grande tabu e carregam um estigma que tenta relacionar quem sofre de questões do gênero. Todavia, é importante desmistificar esse problema. Aprenda mais do assunto e saiba quando procurar ajuda.
A ansiedade é um tipo de doença psiquiátrica, um distúrbio manifestado quando o organismo sente que está vivenciando uma situação de risco ou que algo ruim vai acontecer. Ela pode desencadear uma espécie de crise, em que a pessoa afetada não tem condições de se ver livre de uma grande tensão, a qual pode não ter nenhum motivo aparente.
Em alguns casos, o problema pode causar sintomas físicos, como sudorese e até mesmo arritmia cardíaca. Dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 9,3% dos brasileiros sofrem desse mal, sendo o país o líder mundial do ranking.
Cada indivíduo pode desenvolver transtornos de ansiedade por motivos específicos, o que dificulta determinar as causas claras do surgimento. Traumas, ausência de suporte familiar e desequilíbrios químicos do cérebro costumam ser algumas das razões, mas não as únicas.
A condição pode ser manifestada por gatilhos muito específicos, ou seja, por conta de situações que se conectam de modo particular. Entre eles, insônia, estresse e sedentarismo podem desencadear uma crise.
Os sintomas do transtorno podem surgir a qualquer momento, desde que um gatilho seja ativado. No caso dos estudos, eles costumam estar associados a momentos mais tensos, como vésperas de provas e apresentações de trabalhos.
Os sintomas mais comuns envolvem irritabilidade, hiperidrose palmar (suor excessivo nas mãos), dificuldade de concentração, tremores nos membros, problemas digestivos e insônia. Nos casos mais graves, a pessoa pode ter crises de pânico, medo de sair de casa, comportamento compulsivo, arritmia cardíaca e falta de ar.
Se você (ou alguém que você conheça) estiver passando por crises de ansiedade que envolvam (ou não) os estudos, lembre-se de que existem profissionais capacitados para o acompanhamento da saúde mental. Psicólogos e psiquiatras são capazes, inclusive, de realizar o diagnóstico correto e indicar os melhores tratamentos.
Na rotina acadêmica, é importante que você contribua para o bom equilíbrio de sua saúde com práticas simples. Evitar estudar em cima da hora, manter anotações das aulas e criar o hábito do estudo diário são iniciativas importantes.
Mas nem tudo diz respeito à faculdade. Lembre-se de se alimentar bem, praticar exercícios físicos, dormir as horas necessárias para ter um descanso de qualidade e reservar momentos para o lazer. A saúde mental é um trato diário e não pode ser um tabu.
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Fonte: Veja Saúde, Afya, Escola Conquistadora, Unicesumar, Summit Saúde