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“Imigração” é um termo que se refere ao deslocamento de uma pessoa ou de um grupo de um território em direção a outro com o objetivo de fixar moradia em uma localidade diferente da do país de origem. Esse processo se dá por diferentes motivos: políticos, culturais, naturais e principalmente econômicos.
Quem imigra opta por essa medida em busca de melhores condições de vida. Os deslocamentos populacionais fazem parte de toda a trajetória da humanidade, e o avanço das tecnologias e da comunicação foram importantes para impulsionar esses movimentos.
Como você pode ter notado, as palavras têm o mesmo campo semântico, isto é, são unidas pelo sentido, mas têm sensíveis diferenças. De acordo com estudos de Geografia, os termos “migração“, “imigração” e “emigração” têm semelhança por se referirem a movimentos de deslocamento de indivíduos através de territórios.
No entanto, cada um deles tem uma particularidade:
Logo, um migrante é todo indivíduo que saiu ou entrou em outra região; emigrante é alguém que saiu de um território em direção a outro e que, no momento que adentra na nova localidade, torna-se um imigrante.
Diferentes razões motivaram os deslocamentos populacionais ao longo da história, sejam forçados, sejam espontâneos. O migrante forçado, chamado de refugiado, é aquele que sofreu perseguição política, cultural ou até mesmo cujo país de origem tenha registrado desastres naturais. Há também os refugiados por conflitos bélicos e crises políticas ou sociais.
A migração espontânea parte de desejos de foro íntimo, sendo a economia a principal motivadora dos processos imigratórios no mundo. A busca por oportunidades de trabalho e maior renda está no topo da lista de um movimento conhecido como “fuga de cérebros” (a saída de profissionais qualificados para outras nações).
Há países que incentivam o recebimento de imigrantes para ampliar a oferta de mão de obra ou diminuir os efeitos do envelhecimento na própria população. Assim, conseguem controlar os problemas da economia local e equilibrar o oferecimento de políticas públicas.
Entre os séculos XVI e XIX, o Brasil recebeu poucos contingentes de expatriados (em contraposição ao número gigante de escravizados). Já na segunda metade do século XIX, com a pressão externa pelo fim da escravidão, o governo brasileiro criou um sistema, o colonato, em que muitos estrangeiros chegaram ao Brasil, especialmente portugueses.
O último quarto do século foi marcado pela chegada de italianos, alemães e japoneses em grandes levas impulsionadas pela necessidade de ocupar a terra para manter a unidade da federação, além de ter pessoas aptas ao trabalho no campo — uma tarefa que muitos escravizados libertos já não queriam praticar — como parte de uma tese eugenista de branqueamento da população brasileira.
Ao longo do século XX, novos povos acabaram chegando ao País sem que houvesse necessariamente políticas de incentivo, como sírios, libaneses e novas levas de europeus, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial. No século XXI, bolivianos, colombianos, haitianos, chineses e venezuelanos representam as principais origens de imigração no Brasil.
Os fluxos migratórios no mundo têm colocado na pauta global a importância de as nações e os líderes delas estarem atentos ao que se passa em diferentes territórios. Crises econômicas, sociais e ambientais estão sendo debatidas de modo que as pessoas se sintam menos propensas a sair da região onde vivem.
A Organização das Nações Unidas (ONU) vem estudando, junto aos Estados-membros, para que esse fenômeno global seja feito de modo que impacte positivamente. Em 2018, foi publicado o texto Pacto Global para uma migração ordenada, regular e segura, a fim de aumentar a cooperação internacional, permitindo que haja ordem, segurança e progresso econômico para todos.
A imigração ordenada gera impactos muito importantes para as sociedades contemporâneas, em especial na cultura e nos costumes, além de um possível crescimento econômico. Todas as grandes nações se valeram dos processos migratórios, razão que torna fundamental a proteção dos direitos dessas pessoas.
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Fonte: EBC, SciELO, Missão Paz, Escola Superior de Relações Internacionais, PI – Ministério da Justiça, Politize