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A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, chegou aos 96 anos de idade em 21 de abril, pouco mais de dois meses após completar 70 anos no trono. Dez dias antes do aniversário, o jornal Folha de S.Paulo “matou” a monarca. Sim, isso mesmo que você acabou de ler!
Em 11 de abril, o veículo publicou o obituário dela por engano. Depois, lamentou o erro e retirou o conteúdo do ar. Também explicou que é de praxe no jornalismo deixar preparado textos sobre possíveis e/ou prováveis cenários, como a morte de líderes mundiais, celebridades e pessoas públicas. O caso exemplifica um termo muito comum no jornalismo, a barrigada.
A barrigada no jornalismo ocorre quando um veículo divulga uma informação equivocada. É claro que esse tipo de situação é extremo, porém qualquer jornalista pode cometê-lo.
A realidade hoje nas redações de televisão, jornais impressos, rádios e portais online contempla uma demanda crescente pela publicação de notícias com exclusividade, o que implica muita rapidez nas informações divulgadas. Essa necessidade de urgência pode impactar a qualidade do trabalho.
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Em 1983, a revista Veja cometeu uma barrigada que ficou famosa ao publicar uma notícia científica retirada da publicação inglesa New Science. Contudo, a notícia não era verdadeira, era uma brincadeira de 1ª de abril (Dia da Mentira). Segundo a revista inglesa, dois biólogos alemães tinham fundido células animais e células vegetais e formado o “boimate” a partir das células de um tomateiro e de um boi.
A grávida de Taubaté é um caso inesquecível acontecido em 2012. A pedagoga Maria Verônica Aparecida e o marido contaram à mídia que ela estava grávida de quadrigêmeos. Ela deu entrevista para diversos canais de televisão, sempre aparecendo com uma barriga enorme. O casal inclusive recebeu doações de fraldas e roupas para os bebês.
A farsa veio à tona depois de um médico que atendeu à grávida de Taubaté afirmar que ela não estava grávida. A mulher usou uma barriga de silicone com enchimentos para enganar a imprensa.
O apresentador Gugu Liberato, à frente do programa Domingo Legal, no SBT, exibiu uma entrevista com homens que afirmavam ser integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e ameaçaram autoridades e apresentadores de TV, como Marcelo Rezende.
Dois dias depois da entrevista ter ido ao ar, em setembro de 2003, um dos verdadeiros chefes do PCC ligou para Rezende dizendo que o material era uma farsa. O caso foi investigado pela polícia, as pessoas envolvidas foram identificadas e a direção do programa foi culpada pela armação.
Os donos da escola particular Base, em São Paulo, professores e um perueiro foram acusados de abusar sexualmente de crianças durante as aulas. O caso repercutiu na imprensa nacional e internacional em 1994 em um verdadeiro circo midiático que destruiu vidas.
À época, a escola foi fechada, os acusados foram presos e ameaçados de linchamento. Com a falta de provas, a Justiça determinou que outro delegado assumisse o inquérito. As investigações apontaram que o caso se tratava de uma sucessão de erros de pais de alunos, do delegado anterior e da imprensa.
Icushiro Shimada e Maria Aparecida Shimada, donos da Escola Base, abriram processo contra os veículos de comunicação, ganhando em duas instâncias, mas não receberam nenhuma indenização pelos danos morais e materiais. A mídia somente parou de noticiar a história sem declarar a inocência dos proprietários ou dar mais explicações sobre o desastroso ocorrido.
O renomado repórter da TV Globo José Roberto Burnier fazia a cobertura, em agosto de 2014, do acidente aéreo em Santos (SP) que matou Eduardo Campos — candidato à presidência do Brasil. Burnier entrevistou um homem que disse ter presenciado a queda do avião e reconhecido a vítima após Campos abrir um dos olhos. Ele também contou ter ajudado no resgate dos feridos.
As informações passadas pelo entrevistado ao repórter foram desmentidas depois de um laudo oficial afirmar que as vítimas do acidente estavam irreconhecíveis. Com o impacto e a explosão da aeronave, os corpos ficaram carbonizados.
Fonte: Portal Imprensa, Observatório da Imprensa, Folha de São Paulo, G1, Aventuras na História, Mega Curioso.