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Conhecido como a moeda mais importante para a economia mundial, o dólar realmente é relevante para todos os países, visto que a variação do valor dele ao longo de um dia útil impacta diretamente em muitos aspectos de nossa vida.
A razão para essa flutuação está na demanda pela moeda (mais ou menos, isso significa gente comprando), nas taxas de juros praticadas pelo Banco Central, na política fiscal e nos gastos públicos.
Você não precisa ter na ponta da língua a cotação do dólar, a não ser que seja um investidor. Contudo, compreender os mecanismos que fazem a moeda norte-americana flutuar tanto e como o valor dela repercute na conta do supermercado e do posto de gasolina pode ser interessante. Confira a seguir.
A moeda dos Estados Unidos é uma espécie de referência global quando o assunto é entender as economias de países. É também o dinheiro utilizado em transações comerciais, investimentos, importações e exportações. Para saber quem determina o valor dela, é preciso entender que há dois modelos que definem a taxa de câmbio: o fixo e o flutuante.
O câmbio fixo é definido pelo governo, que estabelece um valor específico para as moedas estrangeiras e deixa o banco central elaborando movimentações financeiras, de forma que o valor fique dentro dos patamares estabelecidos.
Já o câmbio flutuante é determinado pela oferta e demanda de mercado; assim, com dólares sobrando, seu valor cai, assim como, quando muitos investidores adquirem a moeda, a cotação tende a subir.
Para entender o que faz uma moeda estrangeira subir, é necessário saber qual é o regime cambial seguido pelo país. Não existe um único fator que resulte nesse acréscimo, mas os três principais estão descritos a seguir.
Os juros altos são prejudiciais a quem tem dívidas, mas são ótimos para os investidores, que veem o dinheiro valorizar. Logo, quando esses juros sobem nos Estados Unidos, quem tem investimentos no Brasil tende a retirar o dinheiro e enviá-lo para onde o rendimento será maior.
A balança comercial de um país, isto é, a diferença entre tudo que uma nação exporta e o que importa, também impacta na alta do dólar. Assim, se nossa balança for negativa (se importarmos um volume maior do que o exportado), a tendência será de alta.
Quando a demanda por dólares a serem gastos fora do Brasil aumenta, representando maior contingente de turistas fora do país, a tendência também é de elevação na cotação da moeda estrangeira.
A melhor forma de compreender como a cotação de uma moeda estrangeira, por exemplo a norte-americana, cai (ou se desvaloriza em relação ao real), é aplicar os fatores que fazem subir no sentido contrário.
Quando o Banco Central eleva a taxa básica de juros, o Brasil passa a ser mais atraente a investidores. Dessa maneira, atraímos mais dólares, cuja presença em abundância leva a uma queda da taxa de câmbio.
Com contas públicas equilibradas e a balança comercial de um país em superávit, isto é, vendendo mais do que importando, mais moedas estrangeiras entram na região. Dessa forma, a tendência é de queda.
Quando o país é capaz de atrair mais turistas, isso também faz que a oferta de dólares seja mais elevada, garantindo a tendência de queda na taxa de câmbio.
Apesar de muito ser produzido no Brasil, nem tudo que consumimos é 100% nacional. A farinha utilizada no pão, por exemplo, é importada; assim como toda transação internacional, ela é feita em moeda estrangeira.
Desse modo, a alta do dólar impacta no custo do insumo, consequentemente fazendo variar o preço final do produto que utilizar um ingrediente importado, como no caso do pão. Um exemplo semelhante ocorre no caso da gasolina.
Como o preço do barril de petróleo bruto é baseado em dólar, a elevação da moeda norte-americana faz com que o valor dos combustíveis aumente. Na esteira, tudo que necessite de transporte ou utilize algum combustível derivado do petróleo na produção sofre o impacto do aumento.
Você já pode ter notado ao procurar a cotação do dólar que existem dois tipos principais da moeda norte-americana: o dólar turismo e o dólar comercial. Há diferenças entre eles, e uma delas é o valor de compra e venda. Confira adiante.
Ainda que a moeda seja uma só, na prática, o acesso a ela ocorre por meio desses dois diferentes tipos. O dólar turismo pode ser adquirido por pessoas físicas, e o nome dele tem relação com a prática comum de aquisição de moeda estrangeira para o caso de uma viagem, apresentando valor maior em virtude do baixo volume em cada transação.
Você se lembra de que, como foi citado, as transações entre empresas, países e instituições financeiras são feitas utilizando dólares? Sempre que ler algo sobre as transações comerciais, é do dólar comercial que estão falando. O valor dele é mais baixo em virtude do grande volume movimentado nas transações realizadas com ele.
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Fonte: G1, Nubank, Creditas, Estadão