O limite entre a psiquiatria e a neurologia pode parecer nebuloso, mas de modo geral podemos fazer uma analogia entre o sistema nervoso e um computador. Nesse caso os neurologistas tratariam da parte do hardware (a parte física e as falhas mecânicas), enquanto um psiquiatra cuidaria do software (a parte lógica do sistema).
Assim, o neurologista tratará doenças que se manifestam com efeitos físicos nítidos, como dores de cabeça, paralisias, perda de força muscular, fala ou visão e outras. Quando um neurologista não encontra a causa de alguma manifestação física pode encaminhar o paciente a um psiquiatra. Nestes casos as dores podem ser somatizadas. A somatização é a geração de sintomas físicos a partir de uma condição psíquica.
Entenda melhor as diferenças.
O termo neurologia vem do grego e significa “estudo dos nervos”. É o ramo da medicina que trata a parte física, estrutural e molecular do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), nervos periféricos e músculos. O neurologista estuda, previne e trata doenças e transtornos nesse sistema.
Um neurologista deve ser procurado nos casos em que os sintomas são tremores, crises convulsivas, confusão mental, perda de visão, perda da fala, perda de equilíbrio, paralisia, dificuldades de comunicação e expressão, e dores crônicas que não passam com remédios.
Umas das doenças mais conhecidas tratadas por neurologistas é o acidente vascular cerebral (AVC). Outros exemplos de patologias neurológicas são: mal de parkinson, alzheimer e outras demências, cefaleia, meningites, encefalites, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica.
Depois de diagnosticado, um paciente de um neurologista pode ser tratado com medicamentos ou encaminhado a outros profissionais como fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, psiquiatra e cardiologista. Intervenções cirúrgicas que possam ser necessárias são feitas por neurocirurgiões.
O termo psiquiatria foi cunhado pelo médico alemão Johann Christian Reil, em 1808, e significa “tratamento médico para a alma”. Esse ramo da medicina concentra-se na mente e estuda, previne e trata transtornos mentais.
O psiquiatra, portanto, irá tratar desordens emocionais e alterações de comportamentos. Esses transtornos são preocupantes quando afetam a vida social e induzem a perda de produtividade e o sofrimento.
Alguns dos sintomas que devem levar a busca por um psiquiatra são: mudanças de humor, tentativas de suicídio ou comportamentos autodestrutivos, dependência de drogas, insônia e alterações de apetite.
Entre as principais doenças diagnosticadas e tratadas por psiquiatras estão a depressão, bipolaridade, crises de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, esquizofrenia, bulimia e anorexia, e transtornos de ansiedade.
Os médicos psiquiatras podem usar medicamentos psiquiátricos, também conhecidos como psicofármacos como parte do tratamento. Existem também tratamentos não farmacológicos que podem ser usados exclusivamente, ou em conjunto com a medicação.
Fonte: Neurologia Integrada, Neuro Blog, Cemer, Real Neuro, Revista Med, Hcor, Veja Saúde.