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A Proclamação da República aconteceu no dia 15 de Novembro de 1889, decorrente de uma série de insatisfações de diversos grupos sociais, como os militares, grandes fazendeiros e a Igreja com o Império. Entenda melhor essa história.
Após a Guerra do Paraguai, os militares tinham uma série de reivindicações, como aumentos de salário e maior participação política. O Império não fez nenhum movimento no sentido de aplacar estes descontentamentos.
Além disso, a cúpula das forças militares foi muito influenciada pelo Positivismo, corrente filosófica fundada por Auguste Comte que defendia o progresso e a ciência e se opunha à tradição.
Os grandes fazendeiros e elites agrárias estavam descontentes pelo modo como foi conduzida a abolição da escravatura. Foram considerados Republicanos de última hora pois só se juntaram ao movimento quando eles estava prestes a acontecer.
A Igreja Católica criticava a constante interferência do Império e do próprio Dom Pedro II nas decisões da sua cúpula. As elites urbanas, compostas por grupos como empresários, profissionais liberais e grandes comerciantes, reivindicavam a possibilidade de participar na vida política.
O Marechal Deodoro da Fonseca, então chefe do exército brasileiro, foi convencido por um grupo de militares e civis para proclamar a República. Ele era monarquista e amigo de Dom Pedro II e para que aceitasse liderar o levante lhe foi dito que o objetivo seria derrubar o gabinete do Visconde de Ouro Preto, que atuava como primeiro-ministro.
Depois da prisão do Visconde, Floriano foi convencido a assinar um documento extinguindo a monarquia sob o pretexto de que o Imperador nomearia Silveira Martins, antigo desafeto e inimigo político, para o cargo.
Assim, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o papel de Chefe do Governo Provisório encerrando o Brasil Império, que durara 70 anos. O Imperador Dom Pedro II evitou convocar seus aliados para evitar uma Guerra Civil no Brasil. Com isso, ele a família foram exilados.
A Proclamação da República foi uma revolução bastante tímida: não só não houve apoio popular como o povo não estava ciente da mudança de regime. Muitos grupos populares que viam o Imperador com bons olhos tentaram se rebelar, mas qualquer movimento monarquista foi duramente reprimido.
O Marechal Deodoro e seu vice, Marechal Floriano Peixoto, organizaram os símbolos da República, como o Hino Nacional e a Bandeira do Brasil, fortemente influenciados pela filosofia positivista.
Efetivamente a mudança para um movimento republicano alterou pouca coisa no sistema social brasileiro para o povo. A grande mudança esteve no topo da pirâmide social com as oligarquias locais assumindo a máquina pública e podendo fazer parte da política. Além disso extinguiu-se o Poder Moderador e separou-se a Igreja do Estado, permitindo a liberdade de culto.
Há registros históricos de que Dom Pedro II fez pouco para reagir contra o levante que levou ao fim da Monarquia no Brasil. Ao saber da sua deposição, ele teria simplesmente dito: “Se assim é, será minha aposentadoria. Trabalhei demais e estou cansado. Agora vou descansar”.
A Imperatriz Teresa Cristina faleceu três semanas após a chegada a cidade do Porto. Depois disso, Dom Pedro II se estabeleceu na França e viveu seus últimos dois anos em um hotel, ajudado financeiramente pelo seu amigo Conde de Alves Machado.
Suas últimas palavras teriam sido: “Deus que me conceda esses últimos desejos — paz e prosperidade para o Brasil”. Seu corpo foi enterrado, a seu pedido, com um pacote que continha terra de todas as províncias do Brasil. Décadas após sua morte, seus restos mortais foram trazidos ao Brasil e se encontram no Mausoléu Imperial, dentro da Catedral de Petrópolis.
Fonte: Toda Matéria, Info Escola, Mundo Educação, Brasil Escola, FGV, Folha de São Paulo, História do Mundo.
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