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Os filósofos iluministas na Grã-Bretanha, na França e em toda a Europa questionaram a autoridade tradicional e abraçaram a noção de que a humanidade poderia ser melhorada por meio da razão para alcançar o conhecimento, a liberdade e a felicidade.
O Iluminismo produziu vários livros, ensaios, invenções, descobertas científicas, leis, guerras e revoluções. As revoluções americana e francesa foram diretamente inspiradas pelos ideais do movimento filosófico e, respectivamente, marcaram o auge de sua influência e o início de seu declínio.
Conheça, a seguir, os cinco principais filósofos iluministas.
O filósofo e economista inglês foi uma das figuras-chave nos debates políticos do período do Iluminismo. Hobbes introduz a teoria do contrato social baseada na relação entre o soberano absoluto e a sociedade civil. Ele desenvolveu o conceito de auto interesse e de “mão invisível do mercado”, sendo totalmente contrário à intervenção do Estado na economia.
Hobbes argumentou que, para evitar o caos — que ele associava ao estado de natureza —, as pessoas aderem a um contrato social e estabelecem uma sociedade civil. Para o filósofo, se os humanos desejam viver em paz, deveriam renunciar à maioria de seus direitos naturais e criar obrigações morais, a fim de estabelecer uma sociedade política e civil.
O inglês John Locke é considerado um dos filósofos iluministas mais influentes, cujo trabalho muito contribuiu para o desenvolvimento das noções de contrato social e direitos naturais, influenciando Voltaire e Rousseau, bem como os revolucionários americanos que aderiram à teoria liberal e escreveram a Declaração de Independência dos Estados Unidos.
Comumente conhecido como o “Pai do Liberalismo”, Locke defendia que os indivíduos têm o direito de proteger sua “vida, saúde, liberdade ou bens” e em sua crença de que o direito natural à propriedade é derivado do trabalho.
Montesquieu foi um advogado francês, homem de letras, cujo trabalho de teoria política — particularmente a ideia de separação de poderes — moldou o governo democrático moderno. Em sua publicação anônima O Espírito das Leis, ele elaborou um tratado que cobriu muitos tópicos, incluindo o direito, vida social e o estudo da antropologia.
O filósofo defendia um sistema constitucional de governo, o fim da escravidão, a preservação das liberdades civis e da lei, e a ideia de que as instituições políticas deveriam refletir os aspectos sociais e geográficos de cada comunidade.
O francês Voltaire foi um escritor e historiador que se destacou entre os filósofos iluministas por seus ataques a autoridades católicas, sua defesa das liberdades de religião e de expressão, e da separação entre Igreja e Estado.
Em sua crítica à sociedade francesa e às estruturas sociais existentes, Voltaire quase não poupou ninguém. Ele via a burguesia francesa como muito pequena e ineficaz, a aristocracia como parasita e corrupta, os plebeus como ignorantes e supersticiosos, e a Igreja como uma força estática e opressora.
Voltaire desconfiava da democracia, que ele via como propagadora da idiotice das massas. O filósofo sempre pensou que apenas um monarca esclarecido poderia trazer mudanças, e que era do interesse racional do rei melhorar a educação e o bem-estar de seus súditos.
Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo, escritor e compositor francófono da Suíça. Sua obra política influenciou filósofos iluministas na França e em toda a Europa. Também foi importante para a Revolução Francesa e o desenvolvimento geral do pensamento político e educacional moderno.
Em comum com outros filósofos da época, Rousseau olhou para um hipotético estado de natureza como um guia normativo. Em Discurso sobre as origens da desigualdade entre os homens, ele afirmava que o estágio de desenvolvimento humano associado ao que chamou de “selvagens” era o melhor.
Rousseau se preocupava em desenvolver o caráter e o senso moral, para que as pessoas possam aprender a praticar o autodomínio e permanecer virtuosas, mesmo em uma sociedade não natural e imperfeita em que terão que viver.
Fonte: Educa Mais Brasil, Ebiografia, Toda Matéria.