Não se sabe exatamente como e quando os primeiros agrupamentos humanos desenvolveram a contagem. Diversas civilizações criaram algum tipo de sistema, quase sempre relacionado a necessidades básicas como mensurar terras, prever estações e contar alimentos e outros itens.
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Mesmo que existam vários exemplos notáveis de sistemas matemáticos, como o azteca, inca e o chinês, são duas as principais influências de civilizações antigas para a matemática como conhecemos hoje: a egípcia e a babilônica.
No Antigo Egito, foi desenvolvido um complexo sistema numeral para resolver problemas de construção, prever as cheias do rio Nilo e estudar os astros. Entre suas principais contribuições estão o sistema decimal, com um símbolo representando o número dez e seus múltiplos, que provavelmente tenha sido criado a partir dos dez dedos da mão. Além disso, a criação de um calendário similar ao que utilizamos atualmente, com 365 dias distribuídos em 12 meses e dias com aproximadamente 24 horas.
Já na Babilônia foi desenvolvido um sistema sexagenal, que surgiu a partir da contagem não só dos dedos, mas das falanges. Esse sistema é o embrião da divisão das horas e dos minutos em 60 partes. Na Babilônia, também existem os primeiros registros arqueológicos de equações do segundo grau e problemas sobre construção.
Na Grécia Antiga, a matemática deu um grande salto e deixou de ser usada apenas para resolver problemas cotidianos para se tornar uma ciência, que teorizava e filosofava acerca da natureza.
Algumas das principais contribuições matemáticas surgiram nesse período como números pares e ímpares, primos, conceitos como os Teoremas de Tales e Pitágoras e o avanço da geometria.
Quando o Império Romano conquistou a Grécia, continuou seguindo no desenvolvimento da matemática e suas aplicações. Assim, surgiam obras cada vez mais impressionantes como aquedutos e longas estradas. Os algarismos romanos eram dos mais avançados e são usados até hoje na marcação dos séculos.
Durante o séc. XI, portanto na Idade Média, a matemática hindu foi traduzida pelos árabes e se popularizou na Europa por transações comerciais. Nesse momento, os números como os que escrevemos hoje chegaram ao ocidente.
Na Idade Moderna, especificamente em 1489, os sinais de adição e subtração atuais surgiram. Com a chegada da Revolução Científica, a matemática passou por grandes revoluções. Alguns dos destaques da época foram Blaise Pascal, que desenvolveu obras sobre a geometria e o cálculo de pressões; René Descartes que desenvolveu o método científico e cálculos geométricos; e Isaac Newton, que através da geometria descreveu a Lei de Gravidade.
A Matemática contemporânea é composta de diversos temas que se dividem em duas áreas principais: matemática pura e aplicada. (Fonte: hikmet2016/Shutterstock/Reprodução)
Após a Revolução Industrial, outra revolução aconteceu: passaram a ser estudados temas como números abstratos, quatérnios, grupos de permutações e grupo abstrato.
Após a Primeira Guerra Mundial, muitos matemáticos e professores morreram. Então, vários grupos surgiram para reformular a matemática. Um dos mais importantes foi o grupo Bourbaki da École Normale Supérieure, em Paris. Ele era composto por uma série de matemáticos que sintetizaram a matemática avançada moderna, unificou terminologias, definiu e sintetizou conceitos que são usados até os dias atuais.
A Matemática atual se divide, principalmente, em dois grandes ramos, a matemática pura e a matemática aplicada.
A pura engloba estudos de teoria dos números, álgebra, combinatória, geometria, topologia e análise matemática. Já a aplicada se ocupa de áreas como a probabilidade e estatística, computação científica e programação e sistemas dinâmicos.
Existem diversas outras áreas ou ramos paralelos que continuam desenvolvendo conceitos da matemática como a física matemática, a física de partículas, mecânica quântica, modelagem matemática, estudo sobre os algoritmos computacionais entre outros.
Fonte: InfoEscola, Sua Pesquisa, IDC, IFSP, Brasil Escola