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Em 2020, foi registrado no Vale da Morte, na Califórnia, a maior temperatura na Terra desde 1931, 54,4 °C. O planeta já registrou temperaturas maiores no passado, e muito provavelmente esse recorde voltará a ser quebrado.
É normal que existam variações de temperaturas de acordo com os períodos pelos quais a Terra passa, e os mais quentes têm uma característica em comum: muita atividade de gases responsáveis pelo efeito estufa (GEE).
O problema é que, enquanto em outras eras geológicas esses gases eram provenientes de vulcões e outros fenômenos naturais, agora os GEE são, também, consequências das atividades humanas.
Com isso, a temperatura média da Terra está chegando a patamares jamais vistos. Já foi registrado um aumento de 1,2 °C em relação aos índices pré-industriais. Mas como o ser humano está contribuindo para esse aumento?
O efeito estufa é um fenômeno natural pelo qual gases presentes na atmosfera terrestre absorvem a radiação solar e impedem que todo o calor irradie de volta para o espaço. Com isso, a temperatura da Terra aumenta consideravelmente, e chega aos níveis capazes de manter a existência da vida humana e de toda a fauna e flora do planeta. Sem o efeito estufa estima-se que a temperatura terrestre seria de cerca de -18 °C.
A atividade humana começou a afetar a temperatura do planeta por volta da virada do século 18 para o século 19. Nesse momento, a Terra alcançou a marca de 1 bilhão de habitantes, e os efeitos da Revolução Industrial começaram a ser sentidos.
Muitas das máquinas inventadas para o desenvolvimento industrial funcionavam a partir da queima de combustíveis fósseis. Um dos resultados dessa queima é a emissão de Dióxido de Carbono (CO2) na atmosfera.
Além do CO2, outro grande responsável pela intensificação do efeito estufa é o gás metano, que é produto de aterros sanitários, gases de animais e da queima do petróleo.
O metano é 80% mais poluente do que o CO2, mas tem um tempo de vida bem menor. Com a necessidade de alimentação de toda a população e o aumento do número de animais em grandes rebanhos, as emissões de metano aumentaram drasticamente.
No Brasil, 65% das emissões de metano são provenientes da agropecuária. Outros gases importantes para o efeito estufa são o óxido nitroso, o hexafluoreto de enxofre, o clorofluorcarboneto (CFC) e os perfluorcarbonetos (PFC).
Em 1938, um grande estudo reuniu dados de 147 estações meteorológicas de todo o mundo e acusou um aumento da temperatura em relação ao século anterior. Além disso, os índices de CO2 na atmosfera também já começavam a mostrar um forte aumento.
Desde 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) promove conferências ambientais para conscientizar governos e empresas sobre os riscos do aquecimento global. Com o agravamento dos efeitos climáticos vistos no final do século XX, as conferências começaram a ganhar mais relevância para as ações políticas e econômicas dos países.
Com isso, no Acordo de Paris em 2016, as nações participantes se comprometeram em reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, e de limitar o aumento de temperatura em até 1,5 °C até 2100. Aumentos maiores do que esse podem fazer com que o planeta chegue ao chamado ponto de não retorno, em que as mudanças climáticas causadas poderiam gerar problemas que não podem mais ser revertidos.
Em 2021, aconteceu o novo encontro climático da ONU, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26). O objetivo era tratar estratégias e acordos objetivos para que sejam alcançadas as metas do Acordo de Paris. Mas ambientalistas e analistas do mundo todo criticaram o documento final. Várias concessões foram feitas para empresas de setores petrolíferos e para governos que dependem da queima do carvão como principal fonte de energia.
Estima-se que para alcançar as metas climáticas de não aumento da temperatura, o mundo precisa reduzir em cerca de 50% sua emissão dos GEE. Até agora a redução ficou na casa dos 7%.
Fonte: Projeto Colabora, Só Científica, National Geographic, Piauí, Eco Debate, WRI Brasil, CNN, BBC, Mundo Educação.