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As conferências do meio ambiente têm por objetivo traçar planos de desenvolvimento sustentável. Os líderes de diversos países se reúnem para discutir estratégias que possibilitem a preservação ambiental.
Após uma pesquisa inédita realizada em 1969, um relatório preocupante foi divulgado. O documento foi intitulado Problemas do meio ambiente humano: relatório do secretário-geral.Nele, os pesquisadores apontam uma crise de proporções mundiais em ascensão.
Na época, a conclusão do relatório foi que, se providências não fossem tomadas, a vida na Terra estaria em perigo. Foi em 1972 que a 1ª conferência ambiental ocorreu. Em Estocolmo, chefes de estado se reuniram e discutiram temas diversos relacionados ao meio ambiente.
A ocasião gerou uma declaração com princípios a serem seguidos para chegarmos a um desenvolvimento sustentável. Além disso, durante a conferência, foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) — esta é a organização que coordena a agenda internacional relacionada aos temas referentes ao meio ambiente.
Em 1992, 20 anos após a conferência de Estocolmo, foi realizada a II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Esse encontro ficou conhecido como a “cúpula da Terra” ou Rio-92.
Nesse encontro estavam presentes 108 líderes de países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo foi a discussão de um modelo de crescimento econômico que respeitasse o equilíbrio ecológico. Durante o evento, o termo “desenvolvimento sustentável” foi amplamente utilizado, tornando o tema mais conhecido em todo o mundo.
O documento intitulado Agenda 21 foi um dos produtos dessa conferência. Nele, encontravam-se objetivos que visavam preparar o mundo para os desafios do próximo século. Os tópicos envolviam o combate à pobreza, a padrões de consumo exagerados, à destruição da atmosfera, ao desmatamento, à poluição dos oceanos, ao descarte de substâncias tóxicas, entre outros.
Para conferir se os países estavam cumprindo o acordo da Agenda 21, 5 anos mais tarde foi realizado um encontro durante a Assembleia Geral da ONU, em 1997.
Em 2002, já haviam-se passado 10 anos desde a 1ª conferência realizada no Rio de Janeiro. Um novo encontro ocorreu em Johannesburgo e, dessa vez, o objetivo era tirar do papel as resoluções e torná-las concretas.
O documento A declaração de Johannesburgo teve o mesmo princípio da Agenda 21, porém suas metas estavam mais detalhadas. Nesse sentido, foi dada uma ênfase maior à globalização, à biodiversidade e ao acesso à água, à saúde, ao saneamento e à energia a todas as populações.
Apesar de todos os esforços para a preservação do meio ambiente, países desenvolvidos ainda poluíam em grandes escalas. Foi então que, em 2009, foi realizada a Conferência de Copenhague, que tinha como foco as discussões relacionadas ao clima. Nessa ocasião, mais de 40 mil pessoas se reuniram, entre elas estavam líderes mundiais, representantes de governos, organizações não governamentais, a imprensa, entre outros.
A pauta foi a redução da emissão dos gases de efeito estufa. Além disso, os países desenvolvidos concordaram em contribuir financeiramente para outros territórios, visando à mitigação e uma adaptação melhor diante dos efeitos das mudanças climáticas.
A conferência Rio +20 foi realizada em 2012, marcando os 20 anos da Cúpula da Terra. Nesse encontro, foram renovados os compromissos assumidos nas reuniões anteriores. O progresso até o momento foi analisado e foram discutidos temas emergentes relacionados ao meio ambiente.
Os temas que mais se destacaram durante a conferência foram: segurança alimentar, cidades sustentáveis, saneamento básico, saúde, redução de riscos de desastres, biodiversidade e a proteção de oceanos e mares.
Ainda, foram abordados tópicos importantes como “economia verde”, que busca um desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza, e a estrutura institucional que possibilita esse desenvolvimento.
A ONU se comprometeu a fortalecer o PNUMA, tornando-o mais democrático, responsivo e transparente. Foi evidenciada a necessidade de recursos adicionais e estáveis, sendo eles vindos de doações voluntárias ou do próprio orçamento da ONU.
A conferência histórica ocorreu em 2015 e firmou o famoso Acordo de Paris. Assinaram o documento 195 países, que entrou em vigor no final de 2016 e estabelece que a temperatura do planeta não deve aumentar mais do que 2 °C. Assim, a meta de reduzir a emissão de gases de efeito estufa é evidenciada.
Atualmente, os países buscam uma economia que emite pouco ou nenhum carbono. Essa não é uma tarefa simples e demanda colaboração de indústrias e agricultores.
As Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas são realizadas anualmente. Em 2021, a COP26 ocorreu em Glasgow, na Escócia, e teve como objetivo detalhar as estratégias para que se alcancem as metas da COP21. O ano de 2022 marcará os 50 anos da realização da 1ª conferência em Estocolmo.
Fonte: Unep, ONU, Câmara dos Deputados, Ministério do Meio Ambiente, USP, CETESB, Rio20.