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Um terceiro surto de Candida auris, considerado uma ameaça à saúde global por ser resistente a medicamentos e provocar morte, foi confirmado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A infecção causada pelo superfungo pode ser fatal especialmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades.
O fungo nunca tinha sido identificado no Brasil até dezembro de 2020, quando a Anvisa recebeu uma notificação do primeiro caso positivo no País de um paciente internado em um hospital da Bahia. Desde então, já foram confirmados 18 casos da infecção e o óbito de duas pessoas.
A notificação do Candida auris é obrigatória devido à dificuldade do tratamento das infecções causadas. O fungo foi identificado pela primeira vez em 2009 em uma paciente no Japão. Até o momento, sua presença foi encontrada em mais de 5 mil casos em quase 50 países, das Américas, Oriente Médio, Ásia e África.
O Candida auris é uma levedura (tipo de fungo) que causa infecções graves e pode se espalhar facilmente em ambientes de saúde. O organismo unicelular pode infectar qualquer parte do corpo e se tornar um problema sério, impactando a corrente sanguínea.
O superfungo afeta principalmente pessoas que já têm muitos problemas médicos. Estão mais suscetíveis à doença os pacientes com internações frequentes, que vivem em lares de idosos, com o sistema imunológico enfraquecido, que recebem muitos antibióticos, ou que têm dispositivos como tubos no corpo.
Os sinais das infecções podem não ser perceptíveis porque os pacientes infectados com o fungo geralmente já estão doentes. O diagnóstico é realizado a partir de exame laboratorial. Os sintomas da infecção por C. auris dependem da parte do corpo afetada e o tempo de aparição depende de cada paciente. Para infecções da corrente sanguínea, os sintomas mais comuns são febre e calafrios.
A maioria das infecções pelo superfungo é tratável com medicamentos antifúngicos chamados equinocandinas. No entanto, algumas infecções são resistentes aos principais tipos de medicamentos antifúngicos, tornando-as mais difíceis de tratar. Nessa situação, vários antifúngicos em altas doses podem ser necessários para tratar a infecção.
O Candida auris pode se espalhar de paciente para paciente em ambientes de saúde, como hospitais e asilos, por contato direto. O fungo também pode ser transmitido pelo contato com superfícies contaminadas no ambiente.
A levedura pode viver na pele ou em outras partes do corpo sem causar infecções, em um processo chamado de colonização. As pessoas que são colonizadas pelo C. auris podem transmitir o fungo e também poderão ficar doentes. Por isso, em caso de suspeita de contato, um médico deve ser consultado para tomar medidas de prevenção.
A boa higiene é fundamental para todos, incluindo profissionais de saúde e visitantes dos hospitais. A limpeza e desinfecção ambiental apropriada e eficaz pela unidade é uma parte fundamental da prevenção e controle de infecções.
Muitos fungos patogênicos são conhecidos por causar doenças em humanos, mas nem todas são graves. Geralmente, eles entram no corpo através de uma ferida na pele, causada por insetos, arranhões ou cortes. As doenças mais comuns incluem pé de atleta, micose, aspergilose, histoplasmose e coccidioidomicose.
A levedura Candida albicans, por exemplo, um habitante comum da boca, garganta, cólon e órgãos reprodutivos humanos, não causa doença quando está em equilíbrio ecológico com outros micróbios do sistema digestivo.
No entanto, doenças, idade e alterações hormonais podem fazer com que C. albicans cresça de uma maneira que não pode ser controlada pelos sistemas de defesa do corpo, resultando em candidíase na boca, também conhecida como afta.
Fonte: Tua Saúde, G1, Revista Galileu, Anvisa, Agência Brasil.