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Uma onda de calor excessivo no início de ano fez as cidades mais frias das Regiões Sul e Sudeste testemunharem uma sequência de temperaturas recordes acima de 40° C com facilidade. O fenômeno também foi observado no meio de 2021, quando foi registrado o verão mais quente da história no Hemisfério Norte.
Para quem não gosta do tempo tão quente, a notícia é animadora. Os meteorologistas preveem que as temperaturas serão mais agradáveis nas próximas semanas no Centro-Sul do país, ainda que o calor continue persistindo até o final da estação.
A explicação para o calor excessivo no Brasil combina uma série de fatores climáticos, que vão desde características regionais a mudanças em nível global. Entenda quais são as causas meteorológicas para os dias quentes desse verão.
O resfriamento acima do normal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, conhecido como La Niña, está influenciando o clima em nosso planeta desde 2020. No Brasil, o fenômeno provoca chuvas bem acima da média no Norte e Nordeste, enquanto a Região Sul é atingida por um período de estiagem e temperaturas mais elevadas.
A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOOA) aponta que os efeitos do La Niña têm 67% de chances de continuar até maio. No entanto, o fenômeno deve se enfraquecer nos próximos meses e isso, associado a chegada do outono, deve acarretar temperaturas mais amenas para as cidades que sofreram com o calor no início do ano.
Entretanto, na próxima década, o La Niña ainda deve predominar sobre o El Niño, fenômeno causado pelo aquecimento além da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial e apresenta efeitos contrários, como aumento de chuvas na Região Sul.
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O tempo seco, provocado por um período longo sem chuvas, acaba retroalimentando o calor característico do verão. As temperaturas mais altas aumentam a evaporação, deixando a região ainda mais árida.
A falta de precipitações, a vegetação ressecada e o solo rachado acabam criando uma bolha de ar seco que impede a chegada da umidade e das massas de ar frio. Com o bloqueio atmosférico, as chuvas acabam ficando retidas e caindo sobre outras regiões de forma excessiva.
Além do Sul do Brasil, a estiagem também atingiu áreas do Uruguai, da Argentina e do Paraguai, criando uma grande região onde a seca contribui para o aumento fora do comum das temperaturas durante o verão.
O aquecimento global, acentuado pela emissão de gases de efeito estufa (GEE), tem provocado o aumento de temperatura no planeta a cada ano. Meteorologistas apontam que o calor excessivo nesse verão é um indicativo das mudanças climáticas impulsionadas pelo fenômeno.
As condições climáticas cada vez mais extremas estão sendo registradas com mais frequência em todo o mundo. Especialistas apontam que futuras ondas de calor dependem da quantidade de emissão de carbono.
Uma pesquisa recente, realizada pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, aponta que as temperaturas excessivas podem ser até 14° C mais altas no verão na Califórnia até o final do século se nada for feito para reduzir a poluição atmosférica. Sem o cumprimento do Acordo de Paris, as ondas de calor poderiam chegar facilmente a 60° C.
Fonte: National Geographic Brasil, G1, NSC Total, O Tempo, Folha de S.Paulo, Terra, MetSul, Notícias Agrícolas.