O que é saúde coletiva?

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Se tem uma coisa que a covid-19 ensinou é que saúde não é apenas um assunto pessoal. Além do autocuidado, existe uma dimensão social sobre ela: passar álcool gel, usar máscara e se vacinar é uma proteção que vale para si e para os outros. E é aí que entra a saúde coletiva.

Quer saber mais? Confira aqui as principais informações ligadas ao tema.

Ah! e um spoiler: se você optar por uma graduação na área da saúde, certamente vai estudar tópicos sobre sua dimensão coletiva. Então, fique de olho nesse conteúdo que pode ser muito útil para você.

O que é saúde coletiva?

A saúde coletiva se preocupa com as condições do território, como a existência ou não de saneamento básico. (Fonte: FabioCostaFotografia123/Shutterstock/Reprodução)
A saúde coletiva se preocupa com as condições do território, como a existência ou não de saneamento básico. (Fonte: FabioCostaFotografia123/Shutterstock/Reprodução)

A saúde coletiva é um campo de conhecimento teórico e prático cujo objetivo é promover a saúde da população. Ela pressupõe que saúde não é apenas ausência de doença, mas envolve critérios como bem-estar, qualidade de vida e segurança alimentar.

Outra característica da saúde coletiva é que ela busca respeitar a diversidade das populações e contextualizar seu sentido em cada caso. A ideia de alimentação saudável em uma comunidade indígena não será a mesma de quem vive nos grandes centros urbanos.

Por isso, a saúde coletiva passa por questões culturais, ambientais, demográficas, epidemiológicas e socioeconômicas. É com base nesse conjunto de fatores que se organiza a sua atuação.

Como a saúde coletiva atua?

O controle de endemias é um dos pilares da saúde coletiva. (Fonte: Joa Souza/Shutterstock/Reprodução)
O controle de endemias é um dos pilares da saúde coletiva. (Fonte: Joa Souza/Shutterstock/Reprodução)

A saúde coletiva atua a partir de eixos que vão desde as principais demandas da saúde da população até o modo como as políticas públicas se organizam. Assim, ela difere um pouco da prática que segmenta a atuação profissional a partir das doenças e da área do corpo que elas atingem.

Se você tiver uma infecção intestinal, pode procurar um gastroenterologista. Mas, ainda que a atenção focal seja importante, ela tem dificuldade em avaliar o cenário de modo amplo. Um médico de “uma parte do corpo” pode medicá-lo corretamente e ainda assim não perceber que sua infecção é causada pela falta de acesso a saneamento básico, por exemplo.

Além disso, os especialistas na área da saúde coletiva costumam ter uma visão menos centrada na figura do médico. Ele é importante, sem dúvida, mas não existe promoção de saúde sem outros profissionais participando do cuidado individual e coletivo de modo coordenado.

Por isso, diversos profissionais têm protagonismo na saúde coletiva. Além dos médicos, enfermeiros, nutricionistas, odontólogos, fisioterapeutas, agentes comunitários de saúde e auxiliares e técnicos de enfermagem se somam para planejar a prevenção, proteção e recuperação da saúde dos pacientes.

Como se formar em saúde coletiva?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um dos locais de atuação para quem se especializa em saúde coletiva. (Fonte: Rafastockbr/Shutterstock/Reprodução)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um dos locais de atuação para quem se especializa em saúde coletiva. (Fonte: Rafastockbr/Shutterstock/Reprodução)

Não é comum haver cursos de graduação em saúde coletiva. Quem deseja atuar nesse campo pode procurar cursos de pós-graduação e estudar uma série de fundamentos. Conheça alguns deles.

  1. Ciências biológicas: o corpo é o ponto de partida para compreender como se sente a saúde e doença. Por isso, conhecimentos de anatomia, citologia, embriologia e outros tópicos da biologia humana são fundamentais.
  2. Políticas públicas em saúde: a saúde coletiva foca a efetivação de direitos. Por isso, conhecer as políticas da área é fundamental para quem deseja garantir que uma população acesse os equipamentos sociais e os serviços de saúde.
  3. Saúde, ambiente e trabalho: o ser humano não é apenas um corpo, mas um conjunto de fatores biopsicossociais. Sua relação de trabalho e a forma como acessa o território impactam diretamente a saúde.
  4. Ciências sociais e humanas: para compreender a complexidade que envolve a saúde coletiva, é preciso interpretar a sociedade. Por isso, o conhecimento nas diferentes áreas das ciências sociais é bastante útil na saúde coletiva.
  5. Epidemiologia: a razão pela qual indígenas e quilombolas têm políticas públicas de saúde diferenciadas é que cada modo de vida produz suas próprias formas de adoecer. Os estudos epidemiológicos auxiliam a mapear como cada grupo social vivencia isso.
  6. Bioética: tomar decisões no campo privado é difícil, mas na vida pública é ainda mais. A bioética funciona como uma bússola para a discussão e a definição de decisões que impactam a vida humana.

Estudar saúde coletiva é uma tarefa para uma vida inteira. Mas será muito gratificante perceber que a concepção de saúde coletiva melhora a vida dos pacientes em todas as esferas. Esse sentimento de realização profissional espera por você!

Fonte: Instituto Estudos Saúde Coletiva .

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