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O Modernismo Brasileiro tem como marco a Semana de Arte Moderna, de 1922. Entre os dias 11 e 18 de fevereiro daquele ano, nomes célebres como Anita Malfatti, Mário de Andrade e Oswald de Andrade se reuniram no Theatro Municipal de São Paulo em um evento focado no desvencilhamento do conservadorismo predominante no meio artístico-literário brasileiro.
Inspirados pela renovação artística internacional, os artistas nacionais buscavam a afirmação de uma arte genuinamente brasileira por meio de um movimento que se consolidou como uma agitação artística, mas também social, política e cultural. O Modernismo perdurou por quase 40 anos no Brasil. Na literatura, pode ser estudado em três fases.
Primeira geração (1922–1930)
Essa fase foi conhecida como Fase Heroica. Com forte influência de vanguardas europeias, como o expressionismo, futurismo e surrealismo, o período foi marcado pelo repúdio ao conservadorismo da arte brasileira de até então. Dentro da literatura, existe uma tendência de negação do passado, valorização do cotidiano, do índio brasileiro, coloquialismo e perspectiva nacionalista.
Diversos artistas brasileiros retornaram ao país com novas ideias após um período da Europa. Entre os nomes mais importantes dessa fase estão Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti Del Picchia.
Segunda geração (1930–1945)
A segunda geração é conhecida por ser a fase de consolidação do movimento no país. É o período de inovação de ideias, marcado pelos ecos da Segunda Guerra Mundial, que geram uma preocupação referente ao ser humano e às suas angústias. Durante essa fase, o romantismo brasileiro atinge seu ápice por oferecer uma análise crítica contemporânea. O momento é bastante fértil tanto na poesia quanto na prosa.
Na primeira, destacam-se Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Cecília Meireles e Vinícius de Morais. Na prosa, os mais lembrados são Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José Lins do Rego, Érico Veríssimo e Dionélio Machado.
Terceira geração (1945-1960)
A terceira geração modernista se encontra em meio à redemocratização do Brasil pós-Era Vargas, ao fim da Segunda Guerra Mundial. Entre as características dessa fase estão o regionalismo, o intimismo e uma nova introdução da formalidade dentro da literatura.
Entre os artistas que mais se destacam nessa época estão Guimarães Rosa, com sua prosa voltada ao drama humano do sertão, e Clarice Lispector, por meio de sua literatura introspectiva e linear. Ambos faziam parte do grupo “geração 45”, que também contava com Ariano Suassuna e Lygia Fagundes Telles.
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