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Quando se pensa na palavra “primavera”, a primeira ideia que vem à mente é a estação do ano marcada pelo desabrochar das flores. Por isso, esse nome é utilizado como uma analogia para o início de um dos maiores conflitos sociais contemporâneos no mundo, que completa 10 anos em 2021.
Iniciada em 2011, o conflito é marcado por uma série de transformações reivindicadas por uma população insatisfeita com as formas de governo do chamado “mundo Árabe”.
Com o fim da Guerra Fria, os ideais democráticos de sociedade foram amplamente difundidos. Entretanto, muitos países árabes ainda mantiveram regimes ditatoriais, não aderindo ao ritmo do restante do mundo. Somado a isso, a população vive em condições precárias de desemprego e pobreza.
O estopim da Primavera Árabe se deu com a história de Mohamed Bouazizi. Vendedor de frutas em uma cidade localizada no interior da Tunísia, esse jovem, de 26 anos, enfrentava problemas constantes com o governo local. Impossibilitado de exercer a sua atividade de sustento e manter a sua família, ateou fogo contra o próprio corpo e faleceu em 4 de janeiro de 2011.
Após isso, a população rapidamente começou a questionar as autoridades locais nas redes sociais, que tiveram um papel de destaque no conflito. Foi por meio dessas ferramentas que a atenção se voltou para a Tunísia, e manifestações puderam ser organizadas, promovendo a queda da ditadura de 24 anos de Ben Ali.
Outros países do mundo árabe, influenciados por esse acontecimento, passaram a questionar as formas de governo vigentes. Lembrando que manifestações não eram permitidas, portanto os embates eram respondidos violentamente.
No Egito, diversas ruas e praças foram tomadas por manifestantes, reprimidos pelo exército mandado pelo ex-ditador Hosni Mubarak. As manifestações em prol de melhores condições econômicas e reformas duraram cerca de duas semanas, somando 42 mortos e mais de 3 mil pessoas feridas. Em 29 de janeiro de 2011, Mubarak renunciou ao cargo após 29 anos no poder.
O processo da Primavera Árabe sofreu fortes influências internacionais, que apoiaram os movimentos contra os governos locais por interesses maiores em recursos naturais, como aconteceu na Líbia. Além disso, os conflitos não foram uniformes e iguais em todas as localidades, variando de acordo com cada contexto político, econômico e social.
Espelhados nos ocorridos, outros países mudaram suas estratégias de contornar a situação, além de anunciarem mudanças em seus regimes de governo, evitando parte do descontentamento que se alastrava. Em Marrocos, Mohammed VI anunciou uma reforma constitucional.
No regime saudita, foram promovidas uma série de ações para a geração de emprego e auxílios. Na Síria, os embates tomaram proporções maiores e violentas levando a uma guerra civil de quase um século, com inúmeros mortos e um cenário de destruição, levando a um grande número de imigrantes que passaram a procurar asilo em outros lugares.
A Primavera Árabe é um importante tema da atualidade, pois marcou o início da tomada de consciência da população, que se organizou para reivindicar melhores condições de vida e participação na construção da sociedade árabe.
As consequência dos embates foram inúmeras, impactando o curso da história não somente do mundo árabe, mas de outros países do globo até os dias atuais, tornando-se inclusive um importante tema abordado em vestibulares.
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Fonte: BBC, Brasil Escola e Canal Parabólica.