Qual é a importância das conferências ambientais?

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As conferências ambientais surgiram com o objetivo de repensar os caminhos que a sociedade estava tomando. Líderes de todo o mundo buscam soluções para que o desenvolvimento econômico continue a avançar sem que os recursos naturais sejam esgotados.

Atualmente, reuniões, pesquisas e notícias em todo o mundo envolvem temas como: aquecimento global, poluição de mares e rios, desertificação, emissões de CO2, desmatamento entre outros.

Efeitos da crise climática agilizaram as discussões e os acordos das conferências ambientais. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Efeitos da crise climática agilizaram as discussões e os acordos das conferências ambientais. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O surgimento das conferências

Foi com o livro de Rachel Louise Carson, chamado Primavera Silenciosa, que os primeiros debates sobre o meio ambiente começaram a alcançar a grande mídia. Alertando para o perigo dos pesticidas, da poluição, da destruição da fauna e flora, a bióloga levou a discussão dos meios acadêmicos aos governantes de todo o mundo.

Após a publicação de seu livro, Carson sofreu ataques de grandes empresas que desejavam descredibilizar seu trabalho. Apesar disso, participou de congressos e palestras levando sua mensagem.

Em 1972 a revista Time incluiu o nome de Rachel como uma das 100 pessoas mais influentes do século XX. Em 1992, seu livro foi eleito um dos mais influentes dos últimos 50 anos, nos Estados Unidos e no mundo.

Em 1972 foi realizada, pela primeira vez, uma reunião para discutir questões relacionadas ao meio ambiente. Impulsionada pelo debate iniciado pelo livro de Rachel Carson, a Conferência de Estocolmo foi o pontapé inicial de grandes encontros que viriam a acontecer.

Uma das maiores preocupações das conferências da ONU é a redução da emissão de gases como o CO2 e o Metano. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Uma das maiores preocupações das conferências da ONU é a redução da emissão de gases como o CO2 e o Metano. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Nessa conferência foi constituída a Declaração de Estocolmo. O documento definiu princípios comuns aos países com o objetivo de preservar o meio ambiente. São, ao todo, 26 cláusulas que abordam tópicos como: preservação da água, do ar, do solo, da fauna e da flora; produção de recursos renováveis; descarga de substâncias tóxicas; direitos humanos; desenvolvimento da ciência e tecnologia; entre outros.

Durante esse encontro, foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a primeira agência da Organização das Nações Unidas (ONU) focada em questões ambientais.

Rio-92

Vinte anos depois da primeira conferência da ONU, ocorreu, em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Esse evento contou com a presença de 108 chefes de Estados, além de agências especializadas, representantes estrangeiros e organizações intergovernamentais.

Durante o encontro foram desenvolvidos diversos documentos importantes. Entre eles, está a Agenda 21. Ela conta com 40 capítulos que direcionam o planejamento de sociedades sustentáveis, focando em métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

Para verificar a implementação dos tópicos da Agenda 21, foi realizada, em 1997, uma reunião batizada de Cúpula da Terra +5. Além desse encontro, foram feitas outras duas reuniões, em 2002 e em 2012, batizadas de Rio +10 e Rio +20, respectivamente.

COP21 e COP26

Em 2015, ocorreu a 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP21). O principal objetivo desse encontro foi buscar soluções que impedissem o aumento das temperaturas médias globais.

O Acordo de Paris foi assinado por 195 países e é um marco mundial na luta contra o aquecimento global. A meta dos signatários é limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C até o ano de 2100. Essa redução do aquecimento global visa impedir eventos extremos de secas, aumento do nível dos oceanos, ondas de calor e enchentes.

Ainda, o documento aborda a questão das emissões de CO2. Atualmente, o mundo produz cerca de 52 gigatoneladas desse gás. As metas almejam reduzir esse número para 40 gigatoneladas até 2030.

Em 2021, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), visando definir estratégias para o cumprimento das metas definidas no Acordo de Paris. Apesar dos esforços, ambientalistas do mundo todo concordaram que o documento falhou em tomar as medidas mais drásticas que eram necessárias.

Futuras conferências

O próximo ano marcará 50 anos da primeira conferência realizada em 1972. A Estocolmo +50 está agendada para 2022 e, além das comemorações, serão revisadas as metas e as atitudes tomadas pelos países signatários dos acordos que aconteceram nestes 50 anos.

Fonte: Ecológico, Revista Iberoamericana de Bioética, Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, Ministério do Meio Ambiente, Cetesb, Mundo Educação, Brasil Escola, Prepara Enem.

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