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Mesmo que você tenha uma vida saudável, já deve ter se questionado sobre como os seres humanos conseguem chegar ao seu limite nas Olimpíadas. Vários estudos ajudam a entender como funciona o corpo dos atletas, que atinge níveis extremos de resistência, agilidade e flexibilidade.
Algumas pesquisas são surpreendentes. Você sabia que para correr mais não basta apenas mover as pernas mais rápido? Ou que os efeitos do alongamento podem ser mais cerebrais do que musculares? Confira dados e dicas que podem ajudar no desenvolvimento de uma prática esportiva.
Quando o velocista Usain Bolt dominou as Olimpíadas de 2008, em Pequim, pesquisadores se concentraram em entender as especificidades do estilo dele. Diferente do que se poderia pensar, Bolt não move as pernas significativamente mais rápido do que seus adversários. O segredo dele está no comprimento da passada (ajudado pelo seu 1 metro e 95 centímetro de altura) e a impulsão causada pelas fibras musculares.
O pesquisador Sam Allen, da Universidade de Loughborough, na Inglaterra, mostrou que um corredor amador dá entre 50 e 55 passadas para completar uma prova de 100 metros, enquanto um velocista profissional dá em média 45.
O pesquisador estadunidense Peter Weyand mostrou que, ao atingir a velocidade máxima, um atleta de elite passa 0,08 segundos em contato com o solo a cada passada, enquanto um corredor amador passa 0,12. Em uma prova de 100 metros, um atleta profissional passa 60% do tempo no ar, já um amador 50%.
Então, o segredo está no treinamento de força e resistência das pernas para o aumento da impulsão e portanto o comprimento de cada passada. Outra habilidade superdesenvolvida no treinamento de corredores profissionais é o tempo de reação, intervalo gasto entre a geração de um estímulo e uma ação motora. Um atleta olímpico chega a ter o tempo de reação 15% mais rápido do que um amador.
É certo que fazer alongamento por muito tempo aumenta a flexibilidade do músculo, mas uma pesquisa recente publicada no Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports mostra que o cérebro também é beneficiado por esse tipo de movimento.
Ainda sobre os músculos, novas pesquisas vêm alterando ideias clássicas do mundo esportivo. Existem três tipos de fibras musculares básicas nos seres humanos: as tipo 1 (fibras de contração lenta oxidativa); tipo 2A (fibras de contração rápida oxidativa); e tipo 2B (fibras de contração rápida glicolítica).
As fibras de tipo 1 se caracterizam por baixa força e poder, assim como por uma resistência elevada; enquanto as fibras de tipo 2A e 2B são de alta força e velocidade, mas com resistência baixa. Nesse sentido, as tipo 1 são ligadas às atividades cotidianas e também às involuntárias do corpo; enquanto as demais são relacionadas à prática de exercícios ou atividades que demandam força e explosão.
Por muito tempo, acreditou-se que a prática de determinadas modalidades esportivas poderia transformar um tipo de fibra no outro, mas pesquisas mais recentes demonstram que na grande maioria dos casos o desenvolvimento dos dois tipos ocorre concomitantemente.
Além disso, a incidência maior de um tipo de fibra ou de outro parece ser determinada geneticamente. Portanto, é importante descobrir o tipo que se tem, pois o desempenho em diferentes esportes se beneficiará dessa especificidade.
Como falamos acima, novas pesquisas trazem luz à prática de esportes e podem ajudar na melhora do desempenho. Listamos algumas dicas para melhorar o rendimento em um dos esportes mais tradicionais nas Olimpíadas, a corrida.
Como vimos, quanto mais forte a perna, maior impulsão é possível de dar na passada e menos tempo de contato vai haver entre o pé e o chão. O exercício mais comum e que não requer nenhum equipamento para as pernas é o agachamento.
Exercícios feitos em academia costumam ser verticais, mas, para impulsionar a corrida, deve-se aplicar a força horizontalmente. Bons exercícios para isso são aqueles de empurrar objetos (como no crossfit) e praticar saltos.
Se o objetivo é ganhar velocidade, é muito importante treinar na máxima. Especialistas falam em aplicar ao treino tiros de 20 a 80 metros.
Fonte: BBC, Mundo Educação, Eu Atleta, ESPN, EF Deportes, Portal São Francisco, Growth Supplements.