Saiba como vai funcionar o vestibular do Mackenzie
Seja na prova de língua portuguesa ou na hora de escrever a redação, ter conhecimento da literatura brasileira é essencial para quem vai prestar vestibular. Muitas universidades chegam a oferecer listas com livros que devem ser lidos para a realização da prova, mas testes como o Enem e o vestibular de outras universidades acabam deixando o tema em aberto para estimular a leitura.
Devido à importância dessa bagagem literária, separamos uma lista com os livros brasileiros que mais caem nos vestibulares e merecem a atenção dos estudantes. Com isso em mente, separe um tempinho da sua agenda de estudos para as obras, prepare o Kindle e comece a leitura!
Obra de Aluísio Azevedo, “O Cortiço” é um livro de 1890 e foi um dos expoentes do movimento naturalista em terras brasileiras. A história é contada em terceira pessoa por um narrador onisciente e relata a vida cotidiana das pessoas em um cortiço carioca.
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Apesar de a trama ser fictícia, o trabalho do autor se destaca pela crueza ao relatar os problemas sociais enfrentados pelos moradores da periferia do Rio de Janeiro na época. Uma versão digital do livro “O Cortiço” está disponível no acervo do site da Fundação Biblioteca Nacional e, para quem já leu, também é possível encontrar releituras mais atuais, incluindo versões da história em quadrinhos.
Lar de frases célebres como “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”, “Dom Casmurro” é um dos livros da trilogia de Machado de Assis que virou referência no movimento artístico do Realismo, junto com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Quincas Borba”.
Publicado em 1900, esse livro que é comum cair em vestibulares tem a história narrada pelo personagem Bento Santiago, que conta sobre a sua vida e sua relação cheia de amor e ciúmes com Capitu. Além de ser uma das principais obras de Machado de Assis e também do Realismo, “Dom Casmurro” se tornou uma das mais importantes peças da cultura brasileira, ganhando adaptações para o cinema e ficando presente no imaginário do país até hoje.
O principal expoente do Realismo brasileiro, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” foi publicada originalmente em folhetins e merece atenção por sua originalidade. Assim como em Dom Casmurro, a narrativa é contada em primeira pessoa, mas o protagonista da vez é o defunto Brás Cubas, que trata da vida e da morte em suas memórias póstumas.
Além disso, a obra acaba trazendo uma abordagem mais irônica e pessimista da realidade brasileira da época, principalmente da capital Rio de Janeiro, abordando problemas importantes como a escravidão e a estratificação social.
“Iracema“, de José de Alencar é uma das principais obras da primeira fase do Romantismo brasileiro, conhecido como indianista. A narrativa segue os padrões do movimento e traz a história da protagonista Iracema e seu amor proibido por Martim, um português.
Nessa mesma pegada, outro livro de José de Alencar que costuma cair nos vestibulares é “O Guarani”, que acompanha as aventuras do índio Peri em uma história que se passa no século XVII.
Ambos os títulos são de suma importância porque trazem uma releitura detalhada e romantizada da época da colonização brasileira.
Parte do movimento modernista, a obra de Guimarães Rosa foi lançada em 1956 e é uma das mais importantes da cultura brasileira, em virtude de seu tom experimental. O autor emprega técnicas de linguagem originais para contar a vida do jagunço Riobaldo.
Além de se destacar pelo estilo, o livro “Grande Sertão: Veredas” é referência por trazer uma narrativa ambientada no sertão brasileiro e dar um toque regional para a história, característica marcante da segunda fase do Modernismo do nosso país.
Graças a isso, os livros de Guimarães Rosa costumam cair em provas de vestibular constantemente, desde em questões de interpretação até como leitura obrigatória ou texto de apoio para redações.
Escrito por Jorge Amado, o livro de 1937 ganhou destaque por contar a história de um grupo de garotos da periferia de Salvador, os Capitães da Areia. A narrativa mistura inocência e violência, trazendo, pela primeira vez, um olhar empático sobre as crianças de rua da capital baiana.
A obra “Capitães da Areia” é tão influente que chegou a ganhar uma adaptação para os cinemas em 2011, dirigida por Cecília Amado, neta do autor.
Lançado em 1915 por Lima Barreto, “Triste Fim de Policarpo Quaresma” narra a história do nacionalista e revolucionário Policarpo Quaresma. Além de fazer uma construção aprofundada de seu protagonista, a obra fictícia retrata em detalhes o clima do Brasil na época do governo de Floriano Peixoto.
Graças ao peso do conteúdo contado em linguagem leve e tom crítico, a obra “Triste Fim de Policarpo Quaresma” se tornou referência no movimento pré-modernista brasileiro e é muito cobrada em vestibulares.
Outro livro de literatura brasileira muito comum de cair em vestibulares é “A Hora da Estrela”, uma das principais obras de Clarice Lispector. O livro de 1977 conta a história de Macabéa, uma mulher nordestina que deixa o interior para viver na cidade grande, mais especificamente no Rio de Janeiro.
Apesar da temática bastante comum, a jornada da heroína é narrada com maestria misturando a realidade da época, a Ditadura Militar, com os delírios da sonhadora personagem. Além disso, a obra é considerada um marco na carreira da autora, trazendo seu estilo de escrita em seu ápice.
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