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Essa linha de pensamento tem se tornado bastante popular nos últimos anos, principalmente nas redes sociais, porém nem todas as pessoas que a utilizam sabem de fato o que ela significa, de onde vem e quem criou seu conceito.
Por isso, esclareceremos algumas questões acerca do que é o pensamento liberal na economia, quando ele surgiu e quem foram os maiores pensadores acerca do tema.
Liberalismo econômico é uma teoria política, econômica e social que defende o livre mercado, o direito à propriedade privada e a liberdade individual das pessoas. Para alcançar esses ideais, a teoria defende que o Estado deve interferir pouco na sociedade, para fomentar a competitividade econômica com base na livre concorrência, no auto interesse e na responsabilidade.
A livre concorrência trata de deixar o comércio produzir, determinar preços e estabelecer a qualidade dos produtos, pois, segundo essa linha de pensamento, o princípio da oferta e procura é capaz de ajustar o preço dos bens e serviços sem precisar da interferência do governo. Além disso, o liberalismo propõe que cada indivíduo seja responsável por suas própria próprias escolhas e decisões, Essa linha de pensamento atribui ao Estado a manutenção da ordem legal e institucional, a preservação da paz e da segurança e a proteção da propriedade privada. Com isso, o governo deve promover a liberdade singular e evitar a imposição de imposições estatais, para que floresça uma sociedade justa e igualitária nos direitos, na qual os interesses individuais venham antes dos coletivos.
A teoria liberal surgiu quando o movimento iluminista e as revoluções burguesas europeias passaram a lutar pelo fim das monarquias não-constitucionais e do controle social baseado na hereditariedade. Essas disputas de ideias foram motivadas pelos economistas pioneiros do fim do século XVIII, não concordavam com a intervenção do Estado na economia.
Segundo esses pensadores, a única interferência do governo na sociedade deveria ser para promover condições para o mercado seguir seu curso natural, com base na oferta e na demanda. Entre os maiores defensores dessa linha de pensamento estão François Quesnay, Vincent de Gournay, Adam Smith e John Locke.
Quesnay foi médico na corte de Luís XV e se interessava muito por teorias relacionadas à economia. Após entrar em contato com pensadores iluministas em Versalhes, publicou diversos estudos, sendo o principal deles Tableau Économique (1758), no qual postulou um diagrama didático capaz de representar as relações entre as diferentes classes e os setores econômicos e o fluxo circular da renda, mostrando a interdependência das decisões individuais.
Gournay popularizou a frase “Laissez faire, laissez passer, lê monde va de lui même” ou “Deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo”, que demonstra bem o espírito do liberalismo, uma vez que defende a ideia de que as decisões descentralizadas baseadas na escolha de indivíduos e empresas conseguiria gerar o maior nível de bem-estar material para a sociedade.
Smith, o pai da Ciência Econômica, atribuiu a prosperidade econômica e a acumulação de riquezas ao potencial de trabalho sem intervenção do Estado; assim, contribuiu para o fortalecimento da ideia. Também defendeu a liberdade individual, pois acreditava que somente assim seria possível desenvolver o poder privado e aumentar o bem-estar social. Adam Smith é considerado um dos principais pensadores sobre a teoria econômica liberal.
Locke também é considerado um dos nomes mais fortes do assunto. Ele defendia a concepção de que cada pessoa deveria ser livre para fazer o que quisesse, desde que não prejudicasse a existência de outro indivíduo. Para ele, o Estado, além de não interferir no mercado, não deveria restringir as liberdades individuais da população. É considerado um dos principais pensadores da teoria política liberal.
As maiores críticas ao movimento aconteceram durante o século XIX, vindas dos movimentos socialistas (utópicos ou materialistas), cujos principais nomes foram Prodhoun . Segundo os críticos, o pensamento liberal era culpado pela concentração da riqueza pela burguesia e pela pobreza da classe trabalhadora.
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