Saiba como vai funcionar o vestibular do Mackenzie
Explicar quem foi Rachel de Queiroz se torna simples se você souber, logo de cara, que ela pertenceu à família de José de Alencar. Se não bastasse essa veia literária, Rachel, que publicou o seu primeiro e mais famoso livro aos 20 anos de idade, foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras e receber uma das principais condecorações que escritores de língua portuguesa almejam: o Prêmio Camões.
Nascida em uma família de latifundiários em 17 de novembro de 1910, em Fortaleza, passou grande parte da infância entre Ceará, Rio de Janeiro e Belém do Pará — locais que proporcionaram grande riqueza literária. Descendente da família de José de Alencar, autor de O Guarani, ela foi considerada uma mulher à frente de seu tempo pela cultura adquirida em sua época.
Veemente apoiadora da ditadura militar, foi presa pelo governo Getúlio Vargas em 1937, mas continuou sendo uma das principais autoras do Modernismo no Brasil. Conhecida por expressar suas características regionalistas, além de escrever livros e crônicas, a autora exerceu o jornalismo em um dos principais veículos daquele momento, O Cruzeiro.
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Entre seus feitos, além de integrar a Academia Brasileira de Letras e receber diversos prêmios, a autora cearense publicou mais de 2 mil crônicas, traduziu mais de 40 livros para o português e ainda escreveu romances, livros infantis e peças teatrais. Após uma incrível carreira em prol da leitura, Rachel faleceu em 2003 no Rio de Janeiro.
A produção literária de Rachel de Queiroz é reconhecida por apresentar ideologias e retratos dos problemas sociais de sua época. Seu primeiro e mais famoso livro, O Quinze (1930) retrata os desafios sociais do Nordeste, como pobreza, fome e seca.
“Chegou a desolação da primeira fome. Vinha seca e trágica, surgindo no fundo sujo dos sacos vazios, na descarada nudez das latas raspadas.” — Trecho de O Quinze
Rachel produziu outros títulos famosos, como João Miguel (1932), Caminho de Pedras (1937), As Três Marias (1939), O Galo de Ouro (1950), Dora Doralina (1975) e Memorial de Maria Moura (1992). Entre as suas peças, Lampião (1953) e A Beata Maria do Egito (1958) são as mais conhecidas.
Com mais de 2 mil crônicas publicadas, as obras A Donzela e a Moura Torta (1948), O Brasileiro Perplexo (1963), O Caçador de Tatu (1967) e Falso Mar, Falso Mundo (2002) são as mais conhecidas. Mantendo o regionalismo, seus textos apresentam estruturas que muitas vezes se aproximam dos contos, por contar histórias curtas com personagens, enredo e narrador. Em suas crônicas, Rachel de Queiroz utilizava experiência biográficas, além de discorrer sobre os sertões e o cotidiano carioca.
Ler as obras mais famosas de Rachel de Queiroz e buscar exercícios de interpretação sobre elas pode ser o melhor começo para mandar bem no vestibular. Além disso, é importante entender o seu trabalho e a sua contribuição social para aproveitar a literatura, por exemplo, em redações ou questões de interpretação sobre esses problemas. Uma de suas principais características que também pode ser abordada é o seu padrão de linguagem simples, apresentando uma linguagem oral e natural.
Para ajudar ainda mais no vestibular, vale lembrar que a obra A Donzela e a Moura Torta ganhou uma adaptação em forma de minissérie para a TV e pode ser assistida para completar os seus estudos sobre a autora.
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