Arquitetura Gótica: as visões voltadas para o céu

Um dos modelos de arquitetura mais originais para sua época, a Arquitetura Gótica segue uma linha contrária ao considerado estilo clássico. Criada durante a Alta Idade Média, que perdurou entre os anos 900 e 1300, ela teve seus primeiros traços no norte da França — aproximadamente de 1050 a 1100.

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Contudo, o termo gótico surgiu apenas com o Iluminismo (XVII–XVIII) e foi evidenciado durante o período Renascentista, no qual era visto como certo insulto ao estilo clássico arquitetônico, tendo em vista que, inicialmente, foi apontado como uma arquitetura de caráter bárbaro.

Entretanto, a má fase para o estilo gótico não durou permanentemente. A reconsideração e a nova forma de se observar esse tipo arquitetônico proporcionaram a sua popularização em países como Inglaterra, França, Alemanha e Itália, com início no século XVIII. A partir de então, foi possível disseminar a arquitetura ocidental mais autenticamente. Além disso, existia o desejo de unir os pensamentos racionais com o cristianismo, o que, por consequência, levou à construção de muitas edificações com esse estilo arquitetônico.

Verticalidade das linhas

(Fonte: Giphy)

Um dos pontos principais para a Arquitetura Gótica é a altura elevada de suas construções, com extensas linhas verticais, fora e dentro dessas edificações, além de elementos pontiagudos que possam alongar ainda mais a visão de altitude.

Essa característica existe com a intenção de ressaltar e enfatizar a grandiosidade de Deus e para que os fiéis e “servos do Senhor” tenham uma relação mais próxima a Ele, apresentando todas as linhas e pontas voltadas ao céu.

Abóbadas ogivais

(Fonte: Giphy)

Anteriormente compostas por grandes arcos pesados e sólidos, as abóbadas tornaram-se mais suaves e elegantes, assumindo o formato ogival, que proporcionou melhor distribuição do peso nas bases de sustentação. Por consequência, as antigas colunas espessas puderam ser substituídas por pilares mais finos e materiais mais leves.

Vitrais coloridos e rosáceas

(Fonte: Giphy)

Em função da leveza das abóbadas e pelo fato de as grossas paredes não serem mais necessárias como base, vidros ganharam vez, para que a luminosidade interna da construção seja maior.

Para isso são utilizados vitrais e rosáceas que criam uma atmosfera celestial, com a sensação de pureza para aqueles que estão dentro da igreja ou catedral. Os vitrais são compostos por figuras geométricas coloridas ou imagens religiosas; já as rosáceas são posicionadas em locais mais altos, próximos aos portais das fachadas principais.

Contraforte e arcobotante

Para a base de suporte das abóbadas são imprescindíveis dois itens de apoio: os contrafortes e os arcobotantes. Ambos funcionam como alicerces, mas cada um apresenta uma característica específica.

O contraforte é fixado no sentido oposto da parede lateral, a partir de um ângulo reto (90°), para neutralizar a pressão das abóbadas e tornar a estrutura mais alongada. Por sua vez, o arcobotante fica ao lado do contraforte, apresentando uma pequena caixilharia diagonal de pedra, o que distribui o peso dos lados da abóbada.

Gárgulas

‌‌(Fonte: Disney/Reprodução)

As gárgulas nada mais são que esculturas góticas, porém enganam-se aqueles que pensam que ela tem apenas a função de afastar o mal, garantindo a proteção das construções. O real propósito desse tipo de escultura é escoar a água da chuva, para que as estruturas externas da igreja não sejam atingidas pelo tempo.

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