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Para tratar de arquitetura moderna primeiro é necessário falar sobre o Modernismo, um conjunto de ideais que surgiu na Europa entre o fim do século XIX e o início do século XX, influenciado pela Revolução Industrial e pela mudança de mentalidade da sociedade.
A Revolução Industrial, que aconteceu entre 1740 e meados de 1840, foi a grande responsável pelo surgimento desse movimento que influenciou a arte, a literatura, o cinema, o design e a arquitetura.
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É possível dizer que os avanços tecnológicos da época deram oportunidades e criaram novas necessidades para a sociedade, que precisava rever os conceitos ultrapassados e definir ideais voltados para o progresso.
No campo da arquitetura e engenharia, a mudança estrutural da sociedade durante a Revolução Industrial impulsionou e, de certa forma, até forçou a criação de soluções para a ocupação dos espaços urbanos.
Novos materiais produzidos em grande escala, como ferro, vidro, aço e concreto armado, passaram a ser utilizados e possibilitaram aos arquitetos a criação de obras mais altas, leves e fortes. Pela primeira vez, esses profissionais não estavam apenas à serviço da Igreja e da Monarquia, tornando-se agentes da mudança do cenário das cidades. Durante aquela época foram criados os primeiro arranha-céus da história, além de pontes, estradas, viadutos e residências urbanas.
Não tem como falar de arquitetura moderna sem falar da Escola Bauhaus — da junção dos termos alemães bauen (construir) e haus (casa) —, responsável por influenciar não só a arquitetura mas também o design e as artes, sendo imensamente influente até a atualidade. A primeira escola de design do mundo foi fundada na República de Weimar, na Alemanha, em 1919, pelo arquiteto Walter Gropius.
Apesar de ter durado pouco mais de 1 década e ter sido fechada em 1933 com a ascensão do governo nazista, a Bauhaus criou os ideais que se tornaram base para a arquitetura moderna. O espírito se manteve vivo, já que os artistas migraram para outros países da Europa e América e levaram a influência moderna com eles.
O arquiteto alemão Mies van der Rohe (1886-1969) resumiu os ideais da Bauhaus de uma forma muito simples: “menos é mais”.
A rejeição aos modelos tradicionais, o uso de materiais pré-fabricados, a geometrização das formas, o predomínio de linhas retas e a priorização da funcionalidade marcaram o estilo. Outras características incluem paredes brancas e lisas, janelas amplas e vãos e planta livres.
É importante lembrar que, apesar de simples, a arquitetura moderna não é simplória. A Revolução Industrial mudou a forma como as cidades eram ocupadas e isso fez com que as novas construções seguissem os princípios de:
Engana-se quem acredita que o movimento ficou restrito à Europa. O Brasil não só abraçou a arquitetura moderna como também acrescentou elementos nacionais, desenvolvendo um estilo próprio e que até hoje pode ser visto em diversos centros urbanos.
A Semana de Arte Moderna, que aconteceu em 1922, em São Paulo, foi o pontapé inicial para a criação do modernismo brasileiro, que adaptou os ideais europeus a nossas necessidades, formas e materiais.
O Museu de Arte de São Paulo (Masp), da arquiteta Lina Bo Bardi, é um grande exemplo de como a arquitetura moderna ganhou um toque especial quando chegou ao Brasil. O projeto inicial da construção foi concluído em 1957, mas a inauguração aconteceu só em 1968. Hoje, o vão livre do edifício é um grande ponto de encontro da capital paulista.
Outro nome que não pode ser deixado de lado é Oscar Niemeyer, que dispensa apresentações. O grande responsável pelo projeto arquitetônico de Brasília construiu a primeira cidade do mundo usando os ideais modernistas a pedido do presidente da época, Juscelino Kubitschek. O Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto mostram a força da arquitetura moderna e a importância de Niemeyer no movimento.
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