A globalização estreitou os laços entre alguns países e está presente em vários momentos do nosso dia a dia, desde uma compra com cartão de crédito até a utilização de aplicativos no celular e as músicas que escutamos.
É importante ressaltar que esse fenômeno vai além da economia e da comunicação, afetando culturas, diferentes formas de arte, política, esporte, meio ambiente, percepção de mundo… e por aí vai.
Contudo, essa descrição não abrange todo o significado da palavra globalização. Para entender o que é globalização e o que ela representa, é preciso fazer uma viagem no tempo e buscar sua raiz na história.
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A origem da globalização teve início no século XV. As nações europeias, impulsionadas pelo mercantilismo, começaram a vencer suas fronteiras com longas viagens de navio em busca de novas terras e riquezas.
Esse fator iniciou o processo de colonização dos territórios “descobertos”, com destaque para África e Ásia, as duas colônias que inauguraram os fluxos de força de trabalho e mercadorias entre os países e as colônias — nesse “vai e vem”, aspectos culturais também eram trocados.
O século XVIII foi pontual para a globalização que, por conta da Revolução Industrial, teve uma enorme expansão.
Após a 2ª Guerra Mundial, no fim do século XX, as mudanças ficaram ainda mais intensas porque o neoliberalismo entrou na jogada, acelerando as trocas econômicas entre os países.
Assim, o número de negócios e investimentos globais disparou, mercadorias começaram a circular nas fronteiras e indústrias se instalaram em territórios estrangeiros.
No entanto, foi só com o avanço da tecnologia e a evolução dos meios de comunicação que a globalização teve seu verdadeiro boom.
A informática e a internet, mais especificamente, foram as chaves para a integração entre os países.
Para organizar melhor esse fenômeno tão extenso e complexo, os estudiosos dividiram a globalização em quatro fases.
Para começo de conversa, podemos mencionar as transnacionais, empresas que têm matrizes em países desenvolvidos e atuam com filiais em nações emergentes e subdesenvolvidas.
Elas nasceram com a globalização e, atualmente, colocam as cartas na mesa e impulsionam esse fenômeno da maneira que mais lhes convêm.
Outro impacto da globalização é a influência cultural de um país sobre os demais.
Com a TV e, sobretudo, a internet, qualquer lugar do mundo está a um botão ou a um clique de distância.
Essa facilidade de acessar informações sobre diversos costumes faz com que aconteça uma conexão entre a cultura do indivíduo e a cultura do outro país.
Mas essa influência consegue ir além do plano individual e alcançar massas. Por conta da globalização, as potências mundiais têm poder de influência em grande escala.
Podemos citar como exemplo os hábitos alimentares norte-americanos, que se espalharam com as redes de fast-food.
Outro exemplo são as grandes lojas de departamento, com suas vitrines padronizadas, vendendo as mesmas roupas em qualquer país.
Entre outros impactos da globalização, estão:
Como dito, os blocos econômicos foram um dos efeitos da globalização.
O Brasil faz parte de diversos grupos, inclusive o Mercosul, no qual os países-membros procuram facilitar as relações entre si, principalmente no aspecto econômico, com flexibilização tributária e circulação de pessoas, por exemplo.
A partir de 1990, o neoliberalismo começou a entrar no território brasileiro.
Com isso, o país adotou inúmeras medidas para impulsionar sua participação no mundo globalizado, o que gerou consequências positivas no contexto econômico, como crescimento industrial massivo e surgimento de empresas multinacionais; por outro lado, algumas empresas estatais foram privatizadas.
Como qualquer processo tem prós e contras, a globalização não fica de fora.
Esse fenômeno está intimamente ligado ao capitalismo, controlado por grandes empresas que visam ao lucro.
Portanto, entre outras desvantagens da globalização, aconteceu uma intensa e insustentável exploração de matérias-primas por empresas transnacionais, sobretudo no Brasil.
Isso resultou em poluição, desmatamento, intensificação das alterações climáticas, catástrofes ambientais e até prejuízos a algumas espécies animais.
É importante dizer que:
E além da exploração de matéria-prima, a globalização também intensificou a exploração de mão de obra barata e até escrava.
Por esse motivo, não se pode afirmar que a globalização foi somente benéfica para o mundo.
Além dos vários benefícios que ela trouxe para os territórios e seus indivíduos, existem pontos negativos que precisam ser ponderados.