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A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi o maior conflito armado da história, tanto que os impactos são sentidos até hoje. Para compreender suas causas, é fundamental pensar nos 20 anos que a precederam, que incluem o fim da Primeira Guerra (1914-1918) e o período entreguerras.
Lutaram na Primeira Guerra Mundial dois blocos de potências europeias e nações que se aliaram a ambos. De um lado, os Aliados (Reino Unido, França e Rússia), com base na Tríplice Entente; do outro, os Impérios Centrais (Alemanha, Áustria-Hungria), com base na Tríplice Aliança (com exceção da Itália, que mudou de lado em 1915). Vencedores, os Aliados assinaram com a Alemanha o Tratado de Versalhes, que responsabilizou totalmente a nação alemã pela Guerra, demandando-lhe reparações em dezenas de milhões de dólares para nações da Tríplice Entente e a entrega de territórios fronteiriços e colônias.
Em 1919, foi instituída a República de Weimar na Alemanha, democratizando o país que havia sido uma monarquia até o fim da Primeira Guerra. A situação ruim da Alemanha piorou ainda mais em 1929, com a Grande Depressão, e assim criou-se um cenário de desespero e descredibilidade do governo. Foi nesse contexto que ideias extremistas ganharam espaço.
Após a Crise de 1929, iniciada com a queda da Bolsa de Valores de Nova York, Adolf Hitler, filiado ao partido nazista da Alemanha, se destacou como orador e recebeu muito apoio popular. Ele chegou ao poder sendo nomeado chanceler em 1934 e montou um sistema ditatorial autocrático em seguida, chamado III Reich (“Terceiro Império”). Seu plano de governo buscava, sobretudo, recuperar a economia e a potência militar alemã, revisando o Tratado de Versalhes.
A “supremacia germânica” foi usada como justificativa para o plano nazista de conquista do chamado “espaço vital”, pautado na ideia de que os alemães eram uma raça superior e tinham direito de ampliar seu território na Europa — recuperando, assim, sua merecida glória. O revanchismo contra os vizinhos europeus e a segregação de judeus, ciganos e outros grupos étnicos ou sociais dentro do próprio território alemão eram pilares dessa visão, que considerava “alemão” apenas o cidadão branco germânico.
Ao longo dos primeiros anos da autocracia nazista da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha se mostrou cada vez mais militarizada e propensa ao expansionismo. Em 1938, a política expansionista foi colocada em prática. A Alemanha convocou a Conferência de Munique para reivindicar a região dos Sudetos, na antiga Checoslováquia; obteve sucesso e dominou também a Áustria.
Quando Hitler invadiu a Polônia, em 1º de novembro de 1939, a França e o Reino Unido declararam guerra. Apesar disso, nada aconteceu durante 8 meses, e o período ficou conhecido como Guerra de Mentira. Os conflitos da Segunda Guerra Mundial começaram, de fato, em 1940, com a invasão alemã na França.
Dinamarca, Noruega, Bélgica, Holanda e União Soviética lutaram ao lado dos Aliados (França e Reino Unido). A Alemanha se aliou à Itália e ao Japão, formando o Eixo. Em 1941, com o ataque japonês a Pearl Harbor, o Estados Unidos também entraram na Guerra, junto aos Aliados.
O Eixo estava conquistando territórios até junho de 1942, quando os Aliados conseguiram começar a contra-atacar à altura e inverter a história. A Itália se rendeu em setembro de 1943; e a Alemanha seguiu lutando e perdendo territórios até 1945, quando, em 30 de abril, Adolf Hitler cometeu suicídio.
O fim da Guerra na Europa foi declarado em 7 de maio. O Japão se rendeu somente em 14 de agosto, quando os Estados Unidos lançaram bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki. Esse foi o fim da Segunda Guerra Mundial, que deixou cerca de 50 milhões de mortos. Além dos combatentes e civis do mundo todo que foram mortos, os campos de concentração alemães submeteram milhões de pessoas a confinamento, trabalho forçado, privação de direitos, tortura e genocídio — perseguição sem precedentes na história.
As bombas atômicas devastaram as regiões japonesas afetadas. Além das mortes imediatas, muitas pessoas morreram horas ou dias após a explosão, por terem sido expostas à radiação excessiva. A propósito, esse contato até hoje causa complicações de saúde aos sobreviventes e seus descendentes, principalmente câncer e mutações genéticas.