Saiba como vai funcionar o vestibular do Mackenzie
Quando se trata de língua portuguesa, é comum haver alunos que são muito bons em gramática, mas não se dão tão bem com interpretação de textos. Se esse é o seu caso, fique tranquilo! Uma das formas mais fáceis de melhorar sua capacidade de interpretar textos é começar a perceber as funções da linguagem.
Elementos da linguagem
Para ficar mais fácil de entender as funções da linguagem, é preciso ter em mente que ela tem seis elementos:
- Emissor — Aquele que produz (envia) a mensagem;
- Receptor — Quem recebe a mensagem;
- Mensagem — O objeto da comunicação, o conteúdo que está sendo transmitido;
- Canal de comunicação — Por onde a mensagem está sendo transmitida;
- Código — Conjunto de sinais e regras de combinação utilizados para compor a mensagem;
- Referente — O assunto, o contexto da mensagem; é sobre o que ela trata.
Funções da linguagem
Agora que você sabe quais são os seis elementos da linguagem, podemos dizer, de forma bem simples, que as funções da linguagem são, nada mais, nada menos, que o foco do texto aplicado a cada um desses itens.
Por isso, há seis funções da linguagem ao todo.
1. Função referencial (ou denotativa)
Tem como foco o referente ou assunto da mensagem, e as informações são transmitidas de forma direta e objetiva, sem margem para ambiguidades ou duplo sentido. Essa função é muito utilizada em textos jornalísticos e de caráter científico.
Exemplo: “Avião faz pouso de emergência e deixa passageiros nervosos”.
2. Função emotiva
Dá ênfase ao emissor da mensagem, que é subjetiva e carregada de sentimentos e opiniões. Textos com função emotiva quase sempre são escritos em primeira pessoa e têm como pontuação exclamações e reticências. Usa-se a função emotiva comumente em textos líricos, relatos de memórias etc.
Exemplo: “Que música linda!”.
3. Função conativa ou apelativa
Na função conativa, a ênfase é dada ao receptor da mensagem. A linguagem desses textos tem o objetivo de convencer ou persuadir aquele a quem a mensagem é destinada, por isso costuma-se usar a segunda pessoa, com pedidos ou conselhos enviados ao receptor.
Essa função é bastante utilizada em campanhas publicitárias. Em textos escritos, é possível observar muitas exclamações, causadas pela presença de verbos no imperativo, em frases de ordem.
Exemplo: “Aproveite nossa oferta! Clique aqui e compre já!”.
4. Função metalinguística
Essa função enfatiza o código da mensagem. Podemos dizer que a metalinguagem é a linguagem que fala de si mesma e ocorre quando o código se refere a ele próprio na mensagem. Gramáticas e dicionários são ótimos exemplos de metalinguagem, pois são palavras explicando palavras.
Exemplo: uma fotografia de alguém tirando uma fotografia ou um filme que conta a história de se fazer filmes.
5. Linguagem fática
O foco, na função fática, é o canal; a comunicação é testada, buscando ser prolongada ou interrompida. Essa função é utilizada o tempo todo em nosso cotidiano, em diálogos entre parentes e amigos ou sempre que, durante a mensagem, o foco se volta para o canal.
Exemplos: “Alô!”; “Então, é isso, entende?”.
6. Função poética
Tem como foco a própria mensagem. Os textos que usam essa função têm estrutura e recursos estilísticos como elementos de grande importância. A preocupação maior é com a estética da mensagem, seja sonora, seja visual. A função poética é bastante utilizada em poesias, letras de música ou mensagens publicitárias.
Exemplo: o poema abaixo, do poeta português Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro.
Para você melhorar ainda mais a sua capacidade de interpretação de textos, fique atento, pois as funções da linguagem podem coexistir em uma mesma produção. Isso significa que um texto ou obra pode ter uma função específica ou mais de uma. Neste último caso, muitas vezes é possível identificar qual das funções é a predominante, dependendo do objetivo da produção.
Saiba como vai funcionar o vestibular do Mackenzie