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Um dos conceitos mais importantes da biologia é ecologia, que ajuda a compreender as relações dos seres vivos com a natureza. A palavra ecologia é derivada do grego oikos, que significa casa; e logia vem de logos, que quer dizer estudo. Portanto, ecologia nada mais é do que o estudo das conexões entre seres vivos e os ambientes onde vivem.
Separamos alguns tópicos de estudo para facilitar seu processo de aprendizagem e ampliar seu interesse pela área.
Todos os seres vivos dependem de uma fonte de energia para sobreviver e são divididos em produtores, consumidores e decompositores. Os produtores são capazes de criar seu próprio alimento, como as plantas, que servem de alimento para os chamados consumidores primários, caracterizados por animais herbívoros e onívoros. Esses animais servem como alimento para os consumidores secundários e terciários, que são carnívoros de diferentes portes. Os decompositores, como fungos e bactérias, entram em uma última etapa, alimentando-se de restos de matéria orgânica e relançando-a à natureza. Essa sequência de fases é chamada de cadeia alimentar.
Na ecologia, existe outra termologia importante: teia alimentar, que representa as conexões de diversas cadeias alimentares.
As relações ecológicas estão em constante mutação, visto que, em cadeias alimentares, é comum que o número de consumidores aumente com o passar dos anos, o que acarreta diversas alterações no meio onde habitam. Por exemplo, se acontece um aumento excessivo de determinados predadores em um ecossistema, é possível que o consumo feito por eles seja suficiente para desestabilizar a alimentação de outros seres e gerar impactos negativos para aquele meio.
Por isso, conseguimos dividir as relações de um ecossistema em duas vertentes: harmônica e desarmônica. A primeira se refere a quando um participante da cadeia é beneficiado, porém sem prejudicar os demais; na relação desarmônica, pelo menos um indivíduo é prejudicado pelos demais.
Acompanhe alguns exemplos de relações ecológicas.
Abelhas, formigas e cupins são exemplos de animais que vivem em sociedade. Esse é um tipo de relação ecológica intraespecífica e harmônica, visto que envolve animais da mesma espécie, que dividem moradia e criam uma divisão de trabalho, gerando benefícios para todos os membros da comunidade.
O canibalismo é uma relação intraespecífica e desarmônica, na qual seres da mesma espécie se matam para adquirir alimento. Por exemplo, alguns filhotes de tubarão comem seus irmãos enquanto ainda estão no útero da mãe.
Essa é uma relação interespecífica e harmônica. Nela, o chamado “comensal” se apropria de outro ser vivo para adquirir alimento, mas sem prejudicá-lo. É o exemplo das rêmoras, que se fixam nos tubarões para usufruir dos restos de alimentos deixados por eles.
O predatismo representa uma relação interespecífica e desarmônica. Na maioria das vezes, descreve a relação de seres carnívoros com suas presas, já que os predadores matam outras espécies para se alimentar de sua carne.
Quando falamos de ecossistemas, precisamos entender que, nos diferentes lugares do mundo, é possível identificar ambientações que afetam diretamente o tipo de vegetação e a fauna do local — são os chamados biomas. No Brasil, é possível identificar uma enorme diversidade deles, e a localização geográfica e os diferentes tipos de relevo e de temperatura influenciam muito em que espécies de seres vivos podem sobreviver nesses lugares.
Cobrindo mais de 4 milhões de km², a Amazônia é o maior bioma do Brasil, caracterizado por suas florestas densas e água em abundância, com mais de 2,5 mil espécies de árvores e 30 mil espécies de plantas.
Localizada principalmente no nordeste do Brasil, a Caatinga tem como característica o clima semiárido e a vegetação com poucas folhas e adaptada às secas. Cobre 844 mil km² do país com a sua enorme biodiversidade, contendo plantas feitas para reterem muita água e poderem aguentar as altas temperaturas.
Segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado é responsável por abrigar nascentes das três maiores bacias hidrográficas da região. A abundância de água permite uma enorme biodiversidade, no que é conhecido como a maior savana do mundo, visto que a região tem catalogadas 11.627 espécies de plantas nativas, além da grande quantidade de mamíferos e anfíbios que ali habitam.
A Mata Atlântica cobre boa parte do litoral brasileiro. Aproximadamente 70% da população do país vive nesse bioma, que é responsável pelo abastecimento hídrico das cidades. Suas características são muito parecidas com as da Amazônia, principalmente em biodiversidade, sendo casa para animais como mico-leão-dourado, onça-pintada, bicho-preguiça e capivara.
Esse é um bioma característico do extremo sul do Brasil, em contato com Uruguai e Argentina. Tem, em sua grande maioria, características de campos planos e solo com baixa fertilidade e muito suscetível a erosão.
O menor dos biomas brasileiros cobre apenas 1,76% da área total do território e é uma planície aluvial. O Pantanal é conhecido por ser a área com maior potencial inundável do planeta, localizada nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.