Uma notícia falsa; um boato; um meme que pode ser engraçado, mas impreciso; um dado sem fonte; um autor que não existe… Há vários indícios de que um link ou uma imagem pode não ser exatamente o que parece na internet. Se, por um lado, temos acesso a uma infinidade de informações em tempo real em qualquer parte do mundo, por outro ficamos à mercê de dados falsos e notícias inventadas.
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E mentiras podem causar estrago e custar vidas. Conhecidas como fake news (notícias falsas, em português), peças de mídia criadas única e exclusivamente para promover desinformação sempre existiram. Os boatos, que na internet também são chamados hoaxes, já deram as caras em formato de trote telefônico, fofoca, panfletos mentirosos e até jornais mentirosos (mesmo offline). Na web, em especial em redes sociais e mensageiros, as fraudes tomaram proporções inimagináveis.
Diante disso, deixar a missão de definir ou não o que é uma informação falsa nas mãos das plataformas digitais, como Facebook, Google, Twitter e outros, pode não ser a melhor opção. Mesmo fazendo esforços, algoritmos ainda não foram capazes de apurar verdades e ativar o bom senso. Sendo assim, isso ainda é algo que precisa ser feito pelos humanos e vem se desenvolvendo com a ajuda de agências de jornalistas especializados em fact-checking, a necessária checagem de fatos.
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O Facebook, por exemplo, consegue usar inteligência artificial para remover de suas plataformas notícias falsas, mas elas ainda precisam ser desmascaradas por parceiros de fact-checking e ter seus links denunciados para que sejam, de fato, bloqueados do feed.
Além de editorias especializadas em jornais tradicionais, as agências Lupa e Aos Fatos realizam o trabalho de checagem de dados e merecem a sua atenção. Ambas são parceiras de redes sociais no compartilhamento de conteúdo. Mas uma coisa é certa: o desmentido tem menor alcance que a mentira. Por quê? Porque a mentira toca na ferida ou no assunto que causa uma polêmica e, por mais que seja duvidosa, acaba sendo passada para frente.
Aflorar os ânimos e seguir a corrente de compartilhamento de uma notícia falsa é mais fácil do que pensamos. A foto de um suspeito de crime (que não foi julgado nem condenado), a descrição física de um suposto assaltante, o envolvimento do nome de uma pessoa em um boato ou um meme que usa imagens de alguém podem levar a ataques e até linchamentos.
Mas você pode (e deve) redobrar a sua atenção antes de repassar uma informação para seus amigos e familiares; algumas dicas são simples, mas farão toda a diferença.
- Desconfie sempre
O primeiro passo é não acreditar de primeira no que você receber via WhatsApp e Facebook ou “ouvir alguém falar” apenas porque parece ser verdade. Antes de compartilhar um link sobre qualquer notícia, mesmo que ela soe muito interessante ou absurda, siga os próximos passos na sua checagem pessoal. - Verifique a data da notícia
Em se tratando de um link, pode ser verdade, mas não hoje. Um bom exemplo foi o compartilhamento em massa de uma notícia sobre uma tempestade solar que pedia a todos que desligassem os celulares para eliminar os riscos. A matéria era de um veículo de credibilidade sobre ciências, e muitos acreditaram que fosse verdade. Mas o link havia sido publicado em janeiro de 2012 e causou um pânico desnecessário. - Leia além do título
Há mil motivos para alguém não ler uma notícia até o final: da preguiça até a falta de um plano de dados móveis para acessar mais do que o WhatsApp e o Facebook no celular. Mas é preciso entender que a função da manchete é instigar a curiosidade do leitor para que ele verifique o restante da notícia. E existem sites que, infelizmente, exageram nos títulos para causar maior impacto. Por isso, leia a notícia toda antes e só depois opine sobre ela ou a repasse a outros. - Busque uma segunda fonte
Se aconteceu, é fato. E se é fato, certamente outros sites tratarão do assunto, inclusive abordando novos detalhes. Procure a informação em veículos confiáveis e compare os textos. Caso haja alguma discrepância muito grande, continue buscando fontes. - Verifique se a fonte que divulgou é confiável
Seja o link de notícia, uma foto ou uma mensagem de alerta, procure saber de onde ela vem. Observe de que site se trata e a autoria do texto, dê atenção a quem enviou o conteúdo para você (principalmente se for por meio de grupos de mensageiros) e, se necessário, confronte o emissor para conseguir mais informações. Muitas vezes, confiamos em quem está nos informando (um amigo, um familiar) e, por isso, acreditamos. Finalmente, denuncie. Para ajudar Facebook, Twitter e WhatsApp na guerra contra as fake news, é preciso participar. Clique nas configurações do post e reporte qualquer notícia falsa ao app.
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