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No campo das ciências sociais, a Antropologia é a disciplina que estuda as alteridades culturais: as diferenças entre os povos. Ela se preocupa em analisar uma a uma e entender os modos de viver, sem se ater a classificações de “certo ou errado”, como normalmente faz o senso comum. A quebra de paradigmas, além do conhecimento sobre as raízes culturais do ser humano, é o principal objeto de estudo dessa ciência, que pode ser dividida em: análises físicas ou biológicas, culturais, linguísticas e arqueológicas.
Essa disciplina se empenha em analisar o contexto histórico para interpretar o desenvolvimento humano por meio dos hábitos e das escolhas dos indivíduos pertencentes a determinado grupo. A principal forma de seguir essa pesquisa é a partir do entendimento cultural quanto às crenças de cada povo, seus mitos, rituais, manifestações culturais típicas — como o folclore — e mesmo as estruturas hierárquicas familiares e suas organizações de moradia.
O estudo da antropologia surgiu com a necessidade de entender as diferentes formas de comunicação e vivência de vários povos, dando a eles um envelopamento cultural rico e único que os classificasse como comunidade.
O prefixo “antropo” tem a sua derivação da palavra grega antrophos, que significa ser humano ou algo referente a ele. Já “logia” vem de logos ou razão. Chegamos, portanto, àquilo que estuda o sentido do que é referente ao ser humano.
Existem duas principais vertentes antropológicas: concepção estadunidense e concepção clássica, estabelecida pelos europeus dos séculos XIX e XX. A diferença básica entre elas é que a segunda aborda apenas os contextos biológicos e culturais, enquanto a primeira prevê a inclusão de estudos linguísticos e arqueológicos.
Essa classificação se dedica a entender como os fatores físicos e biológicos dos seres humanos e dos ambientes interferem na evolução e nos desenvolvimentos social, cultural e até mesmo físico. Nessa vertente, características como a força física ou mesmo a adaptação em diferentes temperaturas ao longo do tempo são fontes de pesquisa.
Essa vertente estuda desde os primórdios das formas de comunicação, como os símbolos e desenhos característicos de determinados povos, até os hábitos, valores, as crenças e diversas formas de arte. Tal classificação se preocupa, ainda, com a capacidade de interpretação das palavras e imagens de representações culturais.
O antropólogo e biólogo inglês Edward Burnett Tylor foi o responsável pela implementação do estudo da Antropologia Cultural na Universidade de Oxford e pela base dos principais estudos modernos dessa disciplina. Em uma de suas mais importantes obras, Primitive Culture, de 1871, baseava-se em teorias darwinianas da época, além de criar nomenclaturas e definições para essa ciência, seguiu a linha de pensamento de que a cultura acontecia e se desenvolvia de modo progressivo, linear e uniforme.
Tem como principal objetivo a interpretação das sociedades por meio de suas emissões linguísticas, ou seja, do estudo das diferentes linguagens e da forma como elas são emitidas por grupos em comum ou para além dessa sociedade. As diferentes línguas e terminologias são objetos desse estudo.
Busca auxiliar, por meio de objetos e materiais deixados por determinados povos, a interpretação e o conhecimento dos modos de vivência e comunicação. Utensílios para alimentação, vestuário e artesanatos são bons exemplos dessas ferramentas.